Notícia
Taxas implícitas no crédito à habitação renovam máximos de junho de 2016
Os juros implícitos no crédito voltaram a subir, em maio, renovando máximos de três anos.
As taxas de juro implícitas no crédito à habitação subiram, em maio, pelo sexto mês consecutivo para o valor mais alto desde junho de 2016.
"A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação aumentou pelo sexto mês consecutivo, passando dos 1,073% em abril para os 1,080% em maio", adiantou esta sexta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE). O indicador continua, assim, no valor mais elevado em quase três anos. Apesar da subida agregada no mês de maio, nos novos contratos, o juro implícito baixou de 1,411%, em abril, para 1,394%.
Para o destino de financiamento aquisição de habitação, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu 0,8 pontos base, para 1,103%. Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, a taxa de juro para este destino de financiamento desceu 1,7 pontos base, em maio, para 1,388%.
Esta descida ocorre num momento marcado pela guerra dos "spreads", com a maioria dos bancos nacionais a reverem em baixa a sua margem de lucro cobrada nos novos empréstimos para a compra de casa.
O banco BPI foi o último a descer o seu "spread", aplicando agora uma taxa mínima de 1,2% e igualando a oferta de entidades como o Santander. Perante este ambiente de forte concorrência, o Banco de Portugal tem lançado alguns alertas, contudo os banqueiros mostram que são hoje mais prudentes.
Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, na Conversa Capital desta semana, Miguel Maya, o CEO do BCP, defendeu que os bancos "aprenderam com o passado" e são hoje "muitíssimo mais prudentes" na avaliação do risco, mas do ponto de vista do preço "estamos ali a tocar o vermelho nos spreads".
Já a taxa de juro subiu para 1,080%, enquanto o capital em dívida e a prestação mensal foram de 52.780 euros e 246 euros, respetivamente.