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Taxa de juro dos depósitos tem a maior subida desde 2003 e atinge 2,93%
A taxa de juro média dos novos depósitos atingiu 2,93% em outubro, registando o maior aumento mensal desde o início da série, a janeiro de 2003, e o valor mais elevado desde agosto de 2012.
A taxa de juro dos novos depósitos a prazo de particulares passou de 2,29% em setembro para 2,93% em outubro, o valor mais elevado desde agosto de 2012 e a maior subida, de 0,64 pontos percentuais, desde o início da série do Banco de Portugal (BdP), que remonta a janeiro de 2003. Os dados foram divulgados esta segunda-feira pelo supervisor da banca nacional.
Com esta subida Portugal abandona os cinco últimos lugares entre os países na Zona Euro que pior remuneram este tipo de produtos e ascende à 14.ª posição, ou sétimo pior. Continua, assim, abaixo da média da região que se cifra em 3,27%. Entre Portugal e a média estão apenas os Países Baixos e o Luxemburgo.
O BdP destaca os novos depósitos com prazo até um ano, que registam a taxa de juro mais elevada, com uma remuneração média foi de 2,95% (2,31% em setembro). Seguem-se os novos depósitos com prazo de um a dos anos que se fixaram em 2,15% (2,03% em setembro) e os novos depósitos acima de dois anos com uma taxa de juro média de 2,13% (2,1% em setembro).
Relativamente à maturidade do dinheiro parado nos bancos, os novos depósitos com menos de um ano foram a larga maioria, com 97%, ou 10.367 milhões de euros, sendo que de um a dois anos perfazem 2%, ou 187 milhões, e superior a dois anos contabilizam 1%, ou 137 milhões.
O montante de novos depósitos totalizou 6.887 milhões de euros, menos 380 milhões do que no mês passado, dos quais a esmagadora maioria (99,6%) foi aplicado em depósitos a prazo até um ano, destaca o BdP.