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Quase dois anos depois, Montepio volta a entrar na “guerra dos spreads”

Julho traz novidades no que diz respeito ao crédito à habitação. O Montepio desceu a margem mínima, depois de dois anos sem alterações. Continua com a taxa de juro mais elevada.

04 de Julho de 2018 às 14:00
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O Montepio reviu a sua oferta no âmbito do crédito à habitação e avançou com uma ligeira descida do "spread" mínimo. A última vez que o tinha feito tinha sido em Agosto de 2016. Desde então, foram vários os cortes anunciados pelas restantes instituições financeiras e que deixaram o banco liderado por Carlos Tavares com a margem mais elevada. Agora, iguala o BPI.

O mês de Julho trouxe novidades no crédito à habitação. Por um lado, entraram em vigor as recomendações do Banco de Portugal, que vêm no sentido de serem impostos limites nos novos contratos (de prazo, de valor financiado e de taxa de esforço do cliente). Por outro lado, o Montepio reviu o seu preçário, o que se traduziu numa descida do "spread" mínimo: de 1,55% para 1,50%.

Desde Agosto de 2016 que a instituição não alterava a margem exigida aos clientes. Desse modo, e depois de cortes sucessivos das restantes instituições, nos últimos meses, acabou por apresentar a taxa de juro mais elevada. O que continua agora a acontecer, apesar deste corte. Com esta alteração, iguala a margem exigida pelo BPI, de 1,5%. Isto porque, no mês passado, também a CGD cortou o seu "spread" de 1,5% para 1,3%.

O banco público e o Banco CTT reviram em baixa a sua margem, no mês passado, acelerando o movimento de descida que se acentuou desde o início do ano. Estas mudanças deixaram o "spread" médio nos 1,33%, o que compara com os 1,47% que se registavam no início do ano.

Esta "guerra de spreads" tem permitido o aumento das novas operações de empréstimos. De acordo com os dados mais recentes do Banco de Portugal, nos primeiros quatro meses do ano, foram emprestados 2.969 milhões de euros, mais 26,9% do que no período homólogo. Este valor está em máximos de 2010.

BCP dá crédito também ao sábado

À semelhança do que tem sido a aposta de Novo Banco e CGD, também o BCP promete aos seus clientes rapidez no crédito para a compra de casa. Numa campanha que decorre até dia 30 de Setembro, o banco liderado por Nuno Amado disponibiliza escrituras com horários alargados e apoio técnico durante o processo.

Assim, a contratação do crédito pode ocorrer no horário que o cliente pretender, nos dias úteis até às 22 horas e no sábado das 9 horas às 12 horas. "Caso não possa deslocar-se à escritura por dificuldade de horários ou por estar ausente, tem a possibilidade de beneficiar de um serviço disponibilizado pelo Banco, sem custos adicionais, que lhe permite fazer-se representar no acto da escritura", refere o banco no site.

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