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Crédito às famílias acelera em setembro, depósitos voltam a cair

Em setembro, a carteira total de empréstimos a particulares ultrapassava 124 mil milhões de euros, valor que representa um aumento de 3,55% face ao mesmo mês do ano passado e que é o mais elevado desde 2014.

27 de Outubro de 2021 às 11:42
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O montante total de crédito concedido pela banca nacional às famílias tocou novos máximos em setembro, mês em que os depósitos de particulares voltaram a diminuir. O crédito às empresas também continua a aumentar, mas a um ritmo menos acelerado.

Os dados foram publicados esta quarta-feira, 27 de outubro, pelo Banco de Portugal (BdP). No final do mês de setembro, indicam estes dados, a carteira total de empréstimos a particulares ascendia a 124.084 milhões de euros, valor que representa um aumento de 3,55% face ao mesmo mês do ano passado e que é o mais elevado desde 2014.

Para este aumento contribuíram todos os segmentos de crédito a particulares. A carteira de empréstimos à habitação voltou a ultrapassar os 96 mil milhões de euros, ao crescer perto de 2% em relação a setembro do ano passado, enquanto os empréstimos ao consumo totalizaram 19.122 milhões de euros, mais 0,33% do que há um ano. Já os empréstimos para outros fins subiram 35% e totalizaram 8.944 milhões em setembro.

Também no que diz respeito às empresas há um crescimento da carteira de crédito. No final de setembro, os empréstimos da banca às sociedades não financeiras totalizavam 76.283 milhões de euros, um aumento de 5,7% face ao mesmo mês do ano passado. Esta subida representa, ainda assim, uma desaceleração face à taxa de crescimento superior a 6% que tinha sido registada no passado mês de agosto.

Depósitos voltam a cair

Em sentido contrário ao do crédito, as poupanças voltaram a diminuir em setembro, tanto entre as famílias como nas empresas.

No final desse mês, os depósitos de particulares totalizavam 169.157 milhões de euros, ligeiramente abaixo do valor registado em agosto, quando os depósitos já tinham caído em relação ao mês anterior. Ainda assim, há um aumento de 7% em relação a setembro do ano passado, quando os depósitos das famílias ascendiam a 158 mil milhões de euros.

Já no que diz respeito às sociedades não financeiras, os depósitos totalizaram 58.762 milhões em setembro, abaixo do valor registado em agosto mas mais de 13% acima do montante que se verificava em setembro do ano passado.
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