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UBS prevê queda do euro para 1,05 dólares e recomenda vender
O UBS prevê que o euro chegue aos 1,05 dólares, com o possível aumento do programa de compra de activos do BCE. É uma oportunidade para vender, diz o estratega da unidade de gestão de riqueza do banco.
O euro afastou-se da paridade com o dólar, funcionando como "activo de refúgio" durante a crise da China, que marcou as últimas sessões. Chegou a superar a fasquia de 1,17 dólares, mas irá regressar aos 1,05 dólares, no espaço de três meses, prevê o UBS. É, por isso, altura para os clientes mais ricos venderem euros, diz o banco, citado pela Bloomberg.
O cenário menos optimista para a inflação que aumenta o risco do reforço do programa de alívio quantitativo na Europa é o motivo que leva o estratega James Purcell a avançar com esta previsão. Na quarta-feira, Peter Praet, membro da comissão executiva do Banco Central Europeu (BCE), afirmou na quarta-feira que a evolução da economia mundial e a turbulência nas matérias-primas poderão prejudicar a recuperação da inflação na Zona Euro, garantido que o banco está pronto para actuar.
"Talvez eles estendam o programa de alívio quantitativo ou até aumentem a compra de activos mensal" disse o estratega de activos da unidade de gestão de riqueza do UBS, citado pela Bloomberg. "É provavelmente um risco menor, mais do que um cenário base", admitiu Purcell esta quinta-feira, mas com impacto na moeda única.
O euro está a desvalorizar 0,2% para 1,1291 dólares. Recua pelo terceiro dia consecutivo, após quatro sessões a apreciar, em que tocou nos 1,1714 dólares, um máximo de sete meses, motivado pela fuga dos activos de risco, que seguiu o colapso na bolsa de Xangai."Este movimento de fuga do risco, em que normalmente esperaríamos uma subida do dólar, foi em parte de natureza de correcção", disse Purcell, citado pela Bloomberg.
Para o estratega do UBS, o euro deverá agora regressar, no espaço de três meses, aos 1,05 dólares, sendo agora um momento oportuno para vender. A última vez que o euro tocou neste valor foi a 16 de Março, ao recuar para o nível mais baixo em 12 anos.