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Iene em mínimos de sempre contra franco suíço, após Zurique voltar a subir juros

O movimento acontece no mesmo dia em que o Banco Nacional da Suíça subiu as taxas de juro em 25 pontos base para 1,75%, dando continuidade ao ciclo de aperto monetário iniciado o ano passado, em contaciclo com o Banco do Japão que mantém a sua política monetária acomodatícia inalterada.

Lusa / EPA
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O iene caiu para mínimos históricos face ao franco suíço, numa altura em que os bancos centrais japonês e suíço estão em polos opostos, em termos de política monetária.

Durante esta quinta-feira cada moeda suíça chegou a valer 159,15 ienes, o valor mais elevado de sempre.

Entretanto, a moeda japonesa recuperou e sobe 0,12% contra o seu par suíço, valendo cada franco 158,6245 ienes.

Esta quinta-feira, o Banco Nacional da Suíça subiu as taxas de juro em 25 pontos base para 1,75%, dando continuidade ao ciclo de aperto monetário iniciado o ano passado, quando acompanhando a tendência global arrancou os juros diretores de terreno negativo.

Do outro lado do pêndulo, o Banco do Japão manteve a sua política monetária acomodatícia inalterada, após a reunião da semana passada.

Aliás, após o novo líder do banco central japonês, Kazuo Ueda, ter mantido o mantra da autoridade monetária, o iene bateu mesmo no nível mais baixo em relação ao euro, desde 2008, e renovou mínimos de sete meses face ao dólar.

Ainda assim, as autoridades japonesas, incluindo o ministro das Finanças Shunichi Suzuki, já deixaram claro que estão a acompanhar o desempenho do iene de que estão prontas para intervir como fizeram no final do ano passado, tendo sido a primeira intervenção cambial do género desde 1998.

"As moedas europeias estão a ficar mais fortes em relação ao iene e é possível que esta tendência acelere ainda mais", considera Daisuke Uno, estratega-hefe, da Sumitomo Mtsui Banking, em declarações à Bloomberg.

Já Kit Juckes, do Société Générale admite que só haverá uma reversão deste cenário se "houver uma mudança de política monetária no Banco do Japão ou se houver uma queda dos rendimentos nos EUA", dois cenários que para os analistas do banco de investimento podem estar próximos. No entanto, até lá, "a frustração vai manter-se", remata Kit Juckes.

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