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Euro regista o melhor ano desde 2007

A moeda única europeia acumula um ganho superior a 4% este ano contra o dólar, o que corresponde à subida mais pronunciada desde 2007.

31 de Dezembro de 2013 às 12:15
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O euro acentuou a subida face ao dólar no último mês, devido essencialmente à promessa da Reserva Federal (Fed) dos EUA de manutenção das taxas de juro próximas dos zero. Na sexta-feira, 27 de Dezembro, foi ainda impulsionado por declarações de um responsável do Banco Central Europeu (BCE) que disse que as taxas de juro baixas na Zona Euro podem pôr em risco as reformas políticas que têm de ser implementadas nos países do euro.

 

A moeda única europeia deprecia esta terça-feira, 31 de Dezembro, 0,25% para 1,3766 dólares, acumulando um ganho de 4,34% desde o início do ano. Esta é a subida mais pronunciada desde 2007, ano em que o euro avançou 10,55%.

 

2013 é também o segundo ano consecutivo de ganhos para a moeda única europeia, o que também já não se verificava desde 2006/2007.

 

A contribuir para esta subida do euro face ao dólar esteve essencialmente questões de política monetária.

 

A Fed anunciou já em Dezembro uma redução do programa de compra de activos em 10 mil milhões de dólares para um total de 75 mil milhões. Ao mesmo tempo comprometeu-se a manter as taxas de juro próximo dos zero, onde se encontram actualmente. E a promessa estipulou apenas que só haverá alterações de juros quando a taxa de desemprego descer dos 6,5%.

 

Os últimos dados disponíveis revelam que a taxa de desemprego nos EUA desceu para 7%, em Novembro, registando assim o nível mais baixo dos últimos cinco anos.

 

A contribuir para a subida mais recente do euro estão também as palavras de um dos membros do Conselho do BCE, Jens Weidmann, que afirmou que manter a taxa de juro em mínimos históricos poderá colocar em perigo as reformas políticas necessárias no país. “Com pressões inflacionistas, devemos tomar novamente atenção a uma subida das taxas de juro de uma forma programada”, comentou Weideman, numa entrevista ao alemão “Bild”, citado pela Bloomberg. Actualmente, a taxa de juro de referência para a Zona Euro encontra-se no mínimo histórico em 0,25%.

 

No que respeita aos juros é actualmente mais atractivo investir em euros, uma vez que os investimentos denominados nesta moeda pagam uma taxa mais atractiva do que os realizados em dólares.

 

Mas não é só este factor que tem estado a influenciar a negociação cambial.

 

O facto de a economia mundial, em especial dos EUA, estar a dar sinais de recuperação tem levado as bolsas e as matérias-primas a subirem. Os investidores não sentem necessidade de apostarem em activos de refúgio, como é o caso do dólar. E têm elevado os preços do petróleo, por exemplo, nas últimas semanas. Assim, investem numa matéria-prima, em dólares, ou em acções e não estão expostos directamente à moeda mas sim a activos que têm um potencial de subida, ou seja, um retorno, mais atractivo.

 

 

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