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Criptomoedas não são imunes ao vírus. Bitcoin afunda quase 50% em dois dias

O mercado das criptomoedas não escapou ao efeito covid-19 e perdeu 93,5 mil milhões de dólares em 24 horas. A bitcoin, a moeda digital mais conhecida, desvalorizou quase 50% nos últimos dois dias.

13 de Março de 2020 às 10:30
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As criptomoedas não escaparam ao impacto que a covid-19 está a ter nos mercados financeiros em todo o mundo e afundaram na sessão da passada quinta-feira, dia 12 de março. Nesse período, o mercado das moedas digitais perdeu 93,5 mil milhões de dólares em capitalização de mercado, de acordo com o Coinmarketcap.com.

A Bitcoin, a maior criptomoeda do mundo em termos de capitalização - avaliada em 102 mil milhões de dólares - viu a sua cotação afundar 48% no aglomerado das últimas duas sessões. Por esta altura, a moeda digital mantém um comportamento negativo e cai 3,67% para os 5.515,42 dólares, tendo já derrapado 31,63% para os 3.914,70, o que representa o valor mais baixo desde março do ano passado.

No mesmo período, a Ethereum caiu 49%, enquanto que a XRP perdeu mais de 42%.


Apesar da crença de que as criptomoedas são vistas como um ativo de refúgio, à imagem do que acontece com o ouro, por exemplo, e surgem como uma alternativa ao metal precioso para os investidores em alturas de maior turbulência nos mercados de ações. Contudo, nem estas escaparam ao efeito do coronavírus. 

Ontem, os mercados conheceram um novo dia negro na sua história. O Stoxx600, que agrega as 600 maiores cotadas da Europa, teve a maior queda desde 1987, o primeiro ano em que existem registos para este índice, enquanto os índices de Wall Street sofreram a descida mais forte desde a "Black Monday" de 1987.

Um dos catalisadores para este desfecho foi a relutância do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, em responder de forma assertiva ao impacto que o coronavírus está a ter na economia em todo o mundo. A líder da instituição europeia defraudou as expectativas dos mercados e optou por não cortar mais as taxas de juros dos depósitos, que já se encontram num patamar negativo (-0,50%).

Apesar disso, Lagarde anunciou um pacote de estímulos temporário. As principais medidas consistem no financiamento barato para manter a liquidez no sistema financeiro e mais compras de ativos ('quantitative easing'), mas as taxas de juro diretoras ficam inalteradas.  

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