Notícia
Após atingir mínimo histórico, moeda da Argentina volta a cair 10%
A derrota de Macri nas primárias argentinas levou a um "crash" do peso argentino. Hoje a divisa volta a cair dois dígitos.
O peso está novamente esta terça-feira, 13 de agosto, a perder valor face ao dólar após a derrota de Mauricio Macri nas primárias que deram vitória ao candidato da oposição Alberto Fernandez.
A divisa da Argentina perdeu 9,32% face ao dólar norte-americano no início desta terça-feira, tendo alcançado os 59 pesos por um dólar ou menos de 0,018 dólares por cada peso. A desvalorização da moeda agrava ainda mais a inflação, que já está em níveis elevados (em junho foi de 55%).
Na sessão de ontem, que se seguiu à realização das eleições, a moeda alcançou um mínimo histórico nos 65 pesos por dólar, o que tinha implícito uma queda de 30%. Ontem também a bolsa de Buenos Aires caiu e os juros da dívida pública subiram.
Segundo dados da Refinitiv, as bolsas, obrigações e o peso da Argentina não tinham tido uma sessão tão tumultuosa desde a crise que o país enfrentou em 2001 quando entrou em incumprimento da dívida.
O receio dos mercados internacionais é que, caso seja eleito em outubro, Alberto Fernandez suba os gastos públicos dado que o seu foco passa por reforçar o papel do Estado na economia com políticas mais intervencionistas. Já o atual presidente, Mauricio Macri, alinhado com o FMI, tinha vindo a implementar medidas pró-mercado e de abertura ao exterior ao mesmo tempo que controlava as contas públicas.
Em declarações citadas pela Reuters, Fernandez - que tem a ex-presidente Cristina Fernandez, envolta em casos de corrupção, como sua vice - disse que está disponível para colaborar com o Governo atual. "O diálogo está aberto, mas não quero mentir aos argentinos. O que posso fazer? Eu sou apenas um candidato, a minha caneta não assina decretos", afirmou em entrevista ao canal argentino Net TV na segunda-feira.
O candidato da oposição criticou o atual presidente por ter apostado em dívida de curto prazo e alertou para o risco de "default", garantindo que não quer que tal aconteça. Alberto Fernandez quer sim renegociar os termos da ajuda financeira (56 mil milhões de dólares) dada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) no ano passado, que foi o maior empréstimo da história do Fundo e que implicou mais austeridade.
Com o resultado conseguido no domingo, Alberto Fernandez está bem colocado para ganhar as eleições gerais em outubro na primeira ronda. As primárias argentinas têm como objetivo definir quais os partidos que vão disputar as eleições para, posteriormente, escolher qual o candidato de cada partido.
A divisa da Argentina perdeu 9,32% face ao dólar norte-americano no início desta terça-feira, tendo alcançado os 59 pesos por um dólar ou menos de 0,018 dólares por cada peso. A desvalorização da moeda agrava ainda mais a inflação, que já está em níveis elevados (em junho foi de 55%).
Segundo dados da Refinitiv, as bolsas, obrigações e o peso da Argentina não tinham tido uma sessão tão tumultuosa desde a crise que o país enfrentou em 2001 quando entrou em incumprimento da dívida.
O receio dos mercados internacionais é que, caso seja eleito em outubro, Alberto Fernandez suba os gastos públicos dado que o seu foco passa por reforçar o papel do Estado na economia com políticas mais intervencionistas. Já o atual presidente, Mauricio Macri, alinhado com o FMI, tinha vindo a implementar medidas pró-mercado e de abertura ao exterior ao mesmo tempo que controlava as contas públicas.
Em declarações citadas pela Reuters, Fernandez - que tem a ex-presidente Cristina Fernandez, envolta em casos de corrupção, como sua vice - disse que está disponível para colaborar com o Governo atual. "O diálogo está aberto, mas não quero mentir aos argentinos. O que posso fazer? Eu sou apenas um candidato, a minha caneta não assina decretos", afirmou em entrevista ao canal argentino Net TV na segunda-feira.
O candidato da oposição criticou o atual presidente por ter apostado em dívida de curto prazo e alertou para o risco de "default", garantindo que não quer que tal aconteça. Alberto Fernandez quer sim renegociar os termos da ajuda financeira (56 mil milhões de dólares) dada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) no ano passado, que foi o maior empréstimo da história do Fundo e que implicou mais austeridade.
Com o resultado conseguido no domingo, Alberto Fernandez está bem colocado para ganhar as eleições gerais em outubro na primeira ronda. As primárias argentinas têm como objetivo definir quais os partidos que vão disputar as eleições para, posteriormente, escolher qual o candidato de cada partido.