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MainFirst: "PT apresentou resultados decepcionantes? Não para nós"

O banco de investimento considera mesmo que os resultados "são melhores" e mantém quer o preço-alvo de 3,85 euros quer a recomendação de "outperform".

Miguel Baltazar/Negócios
16 de Maio de 2014 às 16:16
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"Resultados trimestrais [da PT] desapontantes? Não para nós. Pelo contrário, consideramos que os números são melhores", começa por dizer Nahum Sanchez, analista do MainFirst.

 

O especialista sublinha que "é demasiado cedo para considerar plausível que quaisquer efeitos da fusão entre a PT e a Oi já estejam reflectidos nestes números", explicando que a "Oi e a PT já estão coordenadas certamente há algum tempo, mas uma total integração vai implicar um intervalo muito maior de medidas do que apenas uma mera coordenação de esforços".

 

E aponta, por exemplo, a potencial reestruturação da dívida que "poderá gerar poupanças consideráveis" . "Quando o mercado fala de falta de sinergias entre o Brasil e Portugal, pensamos que o ângulo a ter em conta é diferente. Acreditamos que é mais correcto falar da reestruturação interna a efectuar através das melhores práticas na PT", salienta o analista.

A casa de investimento sublinha mesmo que as sinergias da fusão Oi/PT "poderão surpreender mais para um valor maior do que menor" face ao antecipado.

 

E acrescenta, "embora seja preciso mais ‘provas’, a nossa avaliação permanece intacta. Ou seja, "estimamos que o ‘free cash flow yield’ da PT aumente de valores negativos, em 2014, para mais de 9% em 2016. Além disso, colocando de parte a história da reestruturação, devemos acrescentar o valor potencial da consolidação da TIM Brasil".

 

Neste contexto, conclui, o fraco conjunto de resultados ao nível das receitas, "deverão conduzir a empresa a pensar na consolidação como forma de criar valor".

 

Os lucros da Oi caíram 13% para 228 milhões de reais (75 milhões de euros), num período marcado por corte de custos e queda das receitas.

 

Zeinal Bava, CEO da Oi e da PT Portugal, admitiu ontem em conferência com analistas, que as sinergias da fusão poderão ser superiores ao inicialmente previsto. Mas, para já, o objectivo é optimizar os negócios e continuar contenção de custos.

 

As acções da PT caem 5,05% para 2,67 euros. O preço-alvo de 3,85 euros representa um potencial de valorização de 36,9% face à cotação de fecho da operadora na sessão de quinta-feira, ou seja, 2,812 euros.

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