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JBCapital Markets inicia cobertura da Sonae com preço-alvo de 1,5 euros

Os espanhóis da JBCapital Markets recomendam "comprar" acções da Sonae, que têm um potencial de subida de mais de 37%.

A Sonae indicou que a guerra das promoções no retalho alimentar tem-se intensificado nos últimos meses mas, ainda assim, continua a prever uma subida das vendas. Já no retalho não alimentar, a recuperação da economia deverá dar um impulso às receitas. No caso do segmento de electrónica, por exemplo, as vendas já atingiram 1.000 milhões de euros este ano. Apesar da pressão concorrencial, os analistas do CaixaBank BPI antecipam que esse impacto seja limitado. E mantiveram a Sonae na lista das suas acções preferidas na Península Ibérica, que foi actualizada esta semana. É a única portuguesa nessa lista. Consideram que a acção está barata.
Rita Faria afaria@negocios.pt 12 de Dezembro de 2017 às 12:49

A JBCapital Markets iniciou a cobertura das acções da Sonae atribuindo-lhes uma recomendação de "comprar" e um preço-alvo de 1,5 euros. Tendo em conta a cotação actual dos títulos (1,09 euros), a avaliação tem implícito um potencial de valorização de 37,6%.

 

Numa nota de análise divulgada esta terça-feira, 12 de Dezembro, a casa de investimento espanhola diz estimar "que mais de 80% do valor do grupo está espalhado por uma ampla gama de negócios" no país – desde o retalho às telecomunicações - o que torna a empresa numa beneficiária directa "do ambiente macroeconómico robusto em Portugal".

 

No retalho alimentar, os analistas destacam que, depois de dois anos de descida do EBITDA e do LfL (vendas comparáveis) o período de 2016-2017 trouxe as melhorias necessárias, sendo de esperar que a tendência continue.

"Antecipamos uma melhoria de 50 pontos base nas margens e um aumento de 2% nas vendas por metro quadrado já em 2018", afirmam os analistas. "Também esperamos que a Sonae duplique a sua marca de proximidade para 200 lojas Bom Dia em 2022".

 

No que respeita ao retalho não alimentar, a JB Capital Markets destaca que o acordo entre a Sport Zone e a JDSports é positivo para a Sonae e que a Worten está a dar sinais de recuperação.

Recorde-se que, em Setembro, a empresa liderada por Paulo Azevedo anunciou um acordo com a JD Sports para a fusão da Sport Zone com os negócios do grupo britânico na Península Ibérica, na sequência do memorando de entendimento anunciado em Março.

"Na nossa opinião, este acordo trará importantes poupanças, e a Sonae receberá 21,5 milhões de euros se forem alcançados determinados objectivos. Na Worten, a fonte de preocupação continua a ser as suas operações em Espanha, mas em termos gerais, a Worten continua a melhorar as vendas LfL e a aumentar as margens", concretiza a casa de investimento.

Além disso, tendo em conta que a Sonae tem 88% da Sonaecom que, por sua vez, detém 50% de um veículo que é dono de 52,15% da Nos, os títulos da retalhista permitem "capturar" parte do potencial das acções da empresa liderada por Miguel Almeida, com um preço-alvo de 6,7 euros para a JB Capital Markets.

As acções da Sonae ganham 1,58% para 1,09 euros. 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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