Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

ING inicia cobertura de EDP com recomendação de «manter»

A ING Barings iniciou a cobertura da EDP com a atribuição de um «preço alvo» de 3,10 euros (622 escudos), emitindo uma recomendação de «manter» para as acções da eléctrica, devido ao seu potencial de valorização «limitado».

11 de Julho de 2001 às 12:10
  • ...
A ING Barings iniciou a cobertura da Electricidade de Portugal (EDP) [EDP] com a atribuição de um «preço alvo» de 3,10 euros (622 escudos), emitindo uma recomendação de «manter» para as acções da eléctrica, devido ao seu potencial de valorização «limitado», num estudo efectuado a 11 de Julho.

O «preço alvo» avançado pela ING incorpora um potencial de valorização de 11,5% para os títulos da empresa liderada por Francisco Sanchéz, tendo em conta a cotação dos mesmos na sessão de hoje.

«A principal razão para esta recomendação é que a EDP tem um “upside” limitado», adiantou Javier Suarez, analista da ING Barings, em declarações ao Negocios.pt, sublinhando que «temos também algumas preocupações sobre o valor da empresa», em termos fundamentais.

Segundo a mesma fonte, «o monopólio actual da EDP no mercado português não é sustentável», pelo que a empresa poderá sofrer no médio prazo as consequências da «esperada liberalização do sector eléctrico» nacional.

O analista da ING referiu que a este facto junta-se a questão da «regulação para o mercado português para o período de 2002/2004», cujas condições deverão ser anunciadas brevemente pela ERSE (Entidade Reguladora do Sector Eléctrico), havendo expectativa sobre «as novas tarifas» que entrarão em vigor para aquele período.

A mesma fonte adiantou que «preocupa-nos a exposição da EDP ao Brasil, já que a EDP é a “utillity” europeia com maior presença neste mercado», podendo sofrer as consequências da desvalorização do real, que já perdeu cerca de 20% face ao dólar desde o início desta ano, bem como da crise energética que afecta aquele país.

Francisco Sanchéz admitiu a semana passada que os resultados da EDP serão influenciados negativamente pela desvalorização do real no final do ano.

De acordo com o mesmo analista, a EDP «não é particularmente atractiva em comparação com as restantes eléctricas do Sul da Europa», uma situação agravada pelo facto do Estado português «ter uma “golden share” na EDP, o que retira potencial especulativo a este título».

O Estado é detentor de uma participação de cerca de 31% no capital social da maior eléctrica nacional.

Às 11h53, as acções da EDP cotavam nos 2,78 euros (557 escudos), registando uma desvalorização de 2,11%.

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio