A corretora ibérica Ibersecurities/Activobank7 defendeu, num estudo datado de hoje, que a divisão entre os accionistas da Portugal Telecom (PT) é negativa para a companhia, uma vez que condiciona os seus planos de cooperação.

Segundo a corretora, «a divisão entre os principais accionistas é uma má notícia para a companhia, uma vez que dificulta seus planos de cooperação e integração, não só em Portugal, mas também internacionalmente».

A Ibersecurities/Activobank7 referia-se às declarações de Ricardo Salgado, presidente do Banco Espírito Santo (BES) [BESNN], que em declarações ao jornal «Público» reclamou uma posição mais activa na gestão da operadora nacional e manifestou-se contrário ao reforço da Telefónica na PT [PLTM].

Ricardo Salgado deu a entender, na referida entrevista, que caso a Telefónica lançasse uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a PT, a operação seria bloqueada pelo BES.

O presidente do segundo maior banco privado português manifestou-se ainda favorável à entrada de outras operadoras no capital da PT, mas não ao reforço da posição da Telefónica acima dos 10%, o limite fixado actualmente.

A PT e a Telefónica firmaram este ano uma parceria estratégica para o mercado móvel brasileiro, visando a criação de uma «joint-venture» para agregar os activos das duas empresas no sector no maior país da América Latina.

A Ibersecurities/Activobank7 reiterou a sua recomendação de «neutral» para as acções da PT.

A Portugal Telecom seguia a ganhar 0,96% para os 8,19 euros (1,642 escudos).