Notícia
HSBC prevê “tempos difíceis” para Zeinal no Brasil
O HSBC cortou o preço-alvo da PT de quatro para três euros por acção, após uma revisão em baixa das expectativas de dividendos entregues pela brasileira Oi.
O banco anglo-asiático HSBC diz que, com a desaceleração prevista na economia brasileira, a participada brasileira da Portugal Telecom, a Oi, poderá pagar dividendos mais baixos.
“Cortámos recentemente as previsões de dividendos para a Oi e, por consequência, para a Portugal Telecom”, escreve o analista Luigi Minerva. O HSBC não espera que a Oi pague mais dividendos este ano e antecipa que a Oi entregue à Portugal "apenas cerca de mil milhões de reais por ano entre 2013-2015".
Isso faz com que também a Portugal Telecom possa passar a pagar 18 cêntimos por acção, menos do que os actuais 32,5 cêntimos por acção.
Na referência à chegada de Zeinal Bava ao cargo de CEO da Oi, o analista diz que “apesar das provas dadas no passado (“track record”), o novo CEO enfrenta tempos difíceis no Brasil”.
"Bava é um dos mais respeitados gestores de telecomunicações da Europa, mas os desafios estruturais que enfrenta na Oi são de uma escala diferente dos que enfrentou na PT", escreve o HSBC.
O analista Luigi Minerva salienta que "a vasta maioria das redes da Oi são de cobre com várias décadas de antiguidade, incapaz de concorrer com outras plataformas de fibra óptica mais avançadas".
Apesar do corte do preço-alvo, de quatro para três euros, o HSBC manteve a recomendação da Portugal Telecom em “neutral”.
As acções da Portugal Telecom estão a descer 1,47% para 2,744 euros, entre as maiores descidas do índice PSI-20.
(actualiza às 11:06 com mais citações do analista do HSBC)
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.