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Estará a dogecoin a ganhar força para um novo rally?

Os detentores das maiores quantidades de Binance Coin aumentaram recentemente os seus saldos doge em mais de 47 milhões de dólares. Para alguns analistas este pode ser um sinal para um novo rali. Para outros, a "meme coin" não parece que irá "sair das boxes".

12 de Fevereiro de 2022 às 18:00
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A atividade dos investidores em torno da dogecoin aumentou significativamente nos últimos dias, após um período de fortes quedas. Nos últimos sete dias, a criptomoeda valorizou 5,95%, contrariando a tendência negativa presente no mercado.

O preço do criptoativo tem vindo a lateralizar nos últimos meses. No entanto, o número de donos de dogecoins na Binance tem vindo a crescer rapidamente nos últimos tempos.

Segundo dados fornecidos pela CoinMarketCap, cerca de 5 milhões de pessoas possuem atualmente dogecoin. Os detentores das maiores quantidades de Binance Coin aumentaram recentemente os seus saldos doge em mais de 47 milhões de dólares.

Para os analistas da XTB, este montante "demonstra o potencial interesse em dogecoin também entre os grandes investidores".

A nota a que o Negócios teve acesso salienta ainda que estes números "parecem indicar que "alguns investidores parecem estar com pressa de comprar antes que a criptomoeda comece a subir de volta aos seus máximos de todos os tempos".

Os analistas reconhecem que "apesar do grande interesse dos investidores, o movimento ascendente não pode ganhar ímpeto, em parte devido à alternativa de 'moeda meme' Shiba Inu, que chama a atenção e é competitiva". Desde o início da semana, a Shiba Inu já subiu 44,40% para 0,00003139 dólares.

Já Mário Martins, da ActivTrades, contactado pelo Negócios, lembra que "apesar de ter recuperado ligeiramente nas últimas semanas, a dogecoin está bem perto dos mínimos de seis meses e a anos luz dos máximos atingidos em maio de 2021".

Como explica o analista, "o comportamento desta criptomoeda, assim como de quase todo o espectro das criptomoedas, está diretamente ligado à liquidez exorbitante que foi injetada no sistema global, assim como aos juros ultra baixos, forçando os investidores a irem procurar rendimento em fontes exóticas e em alguns casos absurdas".

Com a redução da liquidez e a subida dos juros, o apetite por rendimento mais arriscado "irá diminuir substancialmente, passando a vigorar a seleção natural dos projetos que realmente tenham valor, deixando os restantes na prateleira", defende Mário Martins.

Nas últimas 24 horas, a dogecoin desvalorizou 2,90% para 0,1521 dólares. Por sua vez, a capitalização de mercado caiu 2,47% para cerca de 20 mil milhões de dólares. No seu pico, atingido em maio do ano passado, o "criptomeme" chegou a valer 26,89 mil milhões de dólares. 

Dogecoin: um ativo com futuro ou um meme do passado?

A Dogecoin foi criada em 2013. O seu nome deriva de um cão da raça japonesa Shiba. A sua evolução deve-se sobretudo  a uma série de publicações na rede social Twitter do fundador da Tesla, Elon Musk.

Musk, um defensor da bitcoin, continuou a alimentar o interesse na moeda digital através das redes sociais, com humor e jogos de palavras. Em dezembro, o CEO da Tesla voltou a impulsionar o ativo virtual, ao anunciar que a Tesla aceitaria dogecoin como forma de pagamento.

"A dogecoin foi inventada como uma brincadeira para nos rirmos das moedas digitais (…) O resultado mais irónico é o de a moeda digital inventada como uma piada se converter precisamente numa moeda. Até à Lua!", disse Musk em fevereiro ao portal TMZ, utilizando uma expressão que se popularizou entre os pequenos investidores, que - coordenados em fóruns na internet - se têm feito notar nos mercados.
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