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Deutsche Bank melhora avaliação e recomendação da EDP

“Cautelosos” é assim que se consideram os analistas do Deutsche Bank em relação à EDP. A casa de investimento melhorou a avaliação e a recomendação mas a incerteza em relação a novas alterações regulatórias e à evolução da economia recomendação “cautela” em relação à eléctrica.

Miguel Baltazar/Negócios
12 de Novembro de 2013 às 08:30
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A casa de investimento decidiu aumentar o preço-alvo da EDP de 2,10 euros para 2,60 euros, o que implica que a acção deixou de oferecer um potencial de queda, ao mesmo tempo que alterou a recomendação de “vender” para “manter”. O novo preço-alvo representa um potencial de valorização de queda de 4,80% face ao actual valor das acções (2,731 euros).

 

“A nossa avaliação mais alta para a EDP deriva sobretudo de um aumento do valor do negócio de geração [de energia] na [Península] Ibérica”, com a empresa a beneficiar do mercado liberalizado nesta região, o que reduz “o prémio de risco” de Portugal, revela a analista Virginia Sanz De Madrid numa nota de análise a que o Negócios teve acesso.

 

A analista da casa de investimento diz que, depois dos recentes cortes no programa de capex, espera novas reduções, especialmente “depois da intervenção regulatória negativa na Iberia”. E acrescenta que, “devido à intervenção regulatória negativa na Ibéria, a EDP tem de moderar mais os gastos de capex no futuro nas renováveis”, precisamente com o objectivo de melhorar os rácios do balanço.

 

A analista realça que os riscos associados à acção da EDP estão relacionados essencialmente às novas medidas regulatórias e a uma nova deterioração do ambiente macroeconómico. Do lado oposto, e a potenciar a subida das acções da eléctrica está a melhoria da economia e um crescimento operacional mais célere.

 

Quanto ao futuro, a analista Virginia Sanz De Madrid adianta que se “a situação macro se deteriorar mais ou se nova regulação negativa surpreender a EDP”, então serão necessárias “novas medidas, como a redução de dividendos”, que, salienta a analista, tem sido descartado pela gestão da eléctrica ou poderão ser feitas novas alienações. “Permanecemos cautelosos”, acrescenta.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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