Após de ter oscilado entre ganhos e perdas ao longo de toda a tarde, a praça portuguesa acabou por fechar em terreno negativo com uma queda ligeira. O PSI-20 caiu 0,12% para os 6.383,20 pontos, num dia em que os principais índices europeus recuaram. Os mercados do Velho Continente corrigiram da valorização acumulada na sessão desta segunda-feira que os levou a máximos de cinco anos.

Num dia em que dez cotadas fecharam no verde, oito no vermelho e duas inalteradas, as empresas do sector das telecomunicações foram as principais responsáveis pelo saldo negativo.

A Portugal Telecom foi a cotada que mais penalizou com um recuo de 1,83% para os 3,265 euros, no dia em que foi conhecido que a espanhola Telefónica reduziu a sua posição na operadora portuguesa de 0,8% para 0,5%.

A empresa liderada por Henrique Granadeiro apresenta amanhã os resultados do terceiro trimestre. Ainda neste sector, a Zon Optimus desvalorizou 1,93% para os 5,021 euros, enquanto a Sonaecom perdeu 1,06% para os 2,432 euros. Ambas as empresas apresentam esta semana as contas dos primeiros nove meses do ano.

Outro dos sectores que favoreceu o desempenho negativo foi o da energia, num dia em que a Galp Energia perdeu 0,44% para os 12,325 euros e a EDP Renováveis caiu 0,54% para os 4,02 euros. A EDP acabou por recuperar no fecho da sessão e somou 0,15% para os 2,715 euros. O Deutsche Bank melhorou a recomendação para a eléctrica liderada por António Mexia, bem como a avaliação, conferindo ainda margem de queda aos títulos.

O sector financeiro impediu uma queda mais acentuada da bolsa nacional, ao voltar a valorizar depois de na sexta-feira a Moody’s ter melhorado a perspectiva para o “rating” português, assinalando os “progressos” do programa de ajustamento de Portugal.

O Banco Espírito Santo (BES) somou 1,27% para os 1,04 euros, enquanto o BPI apreciou 0,34% para os 1,168 euros. Já o Banco Comercial Português (BCP) fechou com um ganho de 0,09% para os 0,1141 euros.

Fora do PSI-20, a Inapa disparou 8% para os 0,27 euros, depois de ter chegado a avançar 12% para máximos de Julho de 2011 (0,28 euros). A animar a empresa esteve o anúncio da compra da empresa alemã Realpack. Uma aquisição que deverá permitir à cotada aumentar as vendas na Alemanha em 40 milhões de euros.