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Citi reitera recomendação de compra para o BES
O BES poderá ter necessidades de capital entre 1,9 e 4,3 mil milhões de euros depois de assumir perdas relacionadas com os problemas do Grupo Espírito Santo (GES), estima o Citi numa nota de análise divulgada esta terça-feira. A casa de investimento reitera a recomendação de "comprar".
"Quantificamos as potenciais perdas em 2,1 mil milhões de euros", relacionadas com participadas do BES e entre "zero e 2,7 mil milhões" com questões relacionadas com unidade angolana, o BESA. "Estimamos que as perdas totais possam resultar em necessidades de capital entre 1,9 e 4,3 mil milhões de euros", salienta o analista Stefan Nedialkov, na nota de análise divulgada esta terça-feira, 22 de Julho, e a que o Negócios teve acesso.
Considerando as potenciais perdas, o Citi avalia o BES em 65 cêntimos por acção, o que confere às acções um potencial de valorização superior a 60% face ao valor actual das acções do banco, que negoceiam nos 40,5 cêntimos. Tendo em consideração estes factores, a casa de investimento mantém a recomendação de "comprar" com "risco elevado". "Realçamos que o intervalo dos efeitos é grande" e está incorporado na classificação de "risco elevado", acrescenta o analista.
Os dois principais riscos em relação ao BES estão relacionados com as potenciais perdas das empresas do GES e com o facto de o "governo angolano não honrar a garantia dada" pelo próprio Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, relativo a 5,7 mil milhões de dólares. Uma garantia que protege o BES.
O Citi dá uma probabilidade de 64% a Angola honrar a garantida dada pelo seu Presidente.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.