A bolsa nacional encerrou esta terça-feira, 22 de Julho, em terreno positivo pela segunda sessão consecutiva, com o PSI-20 a avançar 1,14% para 6.273,64 pontos. Depois da expulsão do ESFG, anunciada ontem depois do fecho do mercado, o principal índice português negoceia agora com apenas 19 cotadas. Dessas 19, 14 encerraram em alta, quatro em queda e uma inalterada.

Lisboa acompanhou, desta forma, a tendência positiva das principais praças europeias, que seguem com ganhos superiores a 1%, a reflectir os resultados do segundo trimestre das grandes empresas do Velho Continente. O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, avança 1,36%.

Apor cá, o sector da banca foi um dos responsáveis pelo desempenho positivo da bolsa nacional, com destaque para o BES, que valorizou 2,70% para 0,418 euros, no dia em que o Citi reiterou a recomendação de compra para as acções do banco liderado por Vítor Bento, atribuindo-lhes um preço-alvo de 65 cêntimos.

O BES adiou para o próximo dia 30 de Julho a apresentação dos resultados relativos ao primeiro semestre do ano. Os analistas do BPI estimam que o BES tenha terminado o primeiro semestre do ano com um prejuízo de 179 milhões de euros, o que representa uma melhoria face aos 237 milhões de euros de prejuízos verificados em igual período do ano passado, de acordo com uma nota de análise hoje.  

Já o BCP, que apresenta resultados na próxima segunda-feira, 28 de Julho, avançou 1,86% para 0,1039 euros. Os analistas do BPI antecipam que o BCP deverá ter registado prejuízos de 44 milhões de euros no segundo trimestre de 2014. Este valor supera as perdas registadas no primeiro trimestre do ano (41 milhões de euros) mas fica muito abaixo dos prejuízos do período homólogo (338 milhões de euros).  

O Banco BPI, que terá terminado o primeiro semestre com prejuízos de 96 milhões de euros, de acordo com as estimativas dos analistas recolhidas pela Reuters, valorizou 1,35% para 1,425 euros, enquanto o Banif perdeu 1,14% para 0,0087 euros.

A contribuir para os ganhos do PSI-20 esteve também o Grupo EDP, com a empresa-mãe a apreciar 2,15% para 3,517 euros e a EDP Renováveis a ganhar 4,31% para 5,61 euros. 

A contribuir para os ganhos do PSI-20 esteve também o Grupo EDP, com a empresa-mãe a apreciar 2,15% para 3,517 euros e a EDP Renováveis a ganhar 4,31% para 5,61 euros.

Em forte alta encerraram as acções da Teixeira Duarte, com um ganho de 9,93% para 0,797 euros, enquanto a sua congénere do sector da construção, a Mota-Engil, ganhou 0,65% para 4,648 euros.

Já os CTT avançaram 2,17% para 7,33 euros depois de o banco de investimento alemão Berenberg ter atribuído a recomendação de "comprar" às acções dos CTT, fixando o preço-alvo em 8,70 euros, o que tem implícito um potencial de valorização de 18,6%.

Nas telecomunicações, a Portugal Telecom somou 0,17% para 1,811 euros e a Nos perdeu 1,54% para 4,47 euros. No retalho a tendência foi igualmente mista com a Jerónimo Martins a cair 0,09% para 11,545 euros e a Sonae a valorizar 0,89% para 1,137 euros.

No sector da pasta e do papel, a Altri somou 2,11% para 2,082 euros, a Semapa ganhou 2,80% para 11,005 euros e a Portucel subiu 1,95% para 3,447 euros depois de, ontem, ter reportado um resultado líquido de 90,6 milhões de euros no primeiro semestre, um valor que representa um recuo de 7,2% face aos 97,7 milhões que o grupo apresentou no mesmo período do ano passado