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CaixaBI: Lucros da EDP Renováveis deverão ter crescido 24%

A casa de investimento espera "resultados fortes" do primeiro trimestre para a companhia liderada por João Manso Neto suportados pela subida de 30% da produção de electricidade.

O Haitong avalia as acções da EDP Renováveis em 8,00 euros, o que implica um potencial de valorização 35%. A recomendação é de comprar.

O banco de investimento assinala que a EDP Renováveis apresenta uma avaliação “muito atractiva”, estando a negociar em bolsa tendo em conta um cenário “muito pessimista”, com um crescimento nulo na capacidade instalada e um aumento de 50 pontos base no custo médio do capital. Trata-se de uma avaliação “injustificada, pois acreditamos que a acção deve começar a apresentar uma melhor prestação assim que as notícias nos Estados Unidos confirmarem que não era tão más como o esperado”.

O Haitong considera que o mercado reagiu de forma exageradamente negativa aos riscos regulatórios nos Estados Unidos devido à vitória de Donald Trump nas eleições. “Dado que a regulação nos Estados Unidos advém de três fontes (Presidente, Congresso e Estados) e pelo menos duas não mudaram, acreditamos que o risco regulatório é mais baixo do que está a ser apreendido pelo mercado”, acrescenta.
Miguel Baltazar/Negócios
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Os lucros da EDP Renováveis deverão ter subido 24% para 69 milhões de euros no primeiro trimestre. A estimativa é do CaixaBI numa nota de análise divulgada esta segunda-feira, 2 de Maio.

"A EDP Renováveis deverá apresentar resultados fortes suportados na subida da produção", pode-se ler na nota.

A contribuir para o aumento do resultado líquido está a subida da produção de electridade em 30% no primeiro trimestre. Este crescimento foi suportado no aumento da capacidade em 672 megawatts (MW) e pelo aumento do tempo de funcionamento dos parques, mais quatro pontos percentuais face a 2015 (38%).

As receitas consolidadas deverão ter aumentado em 21% para 504 milhões. No entanto, este crescimento é inferior ao aumento da produção devido a dois factores: o preço médio inferior em Portugal, pois a produção do consórcio Eneop tem um preço médio de venda inferior aos outros parques eólicos; a diminuição do preço médio de venda em Espanha, onde os preços caíram mais de 30% no primeiro trimestre, o que deverá compensar o aumento de 11% na electricidade.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) deverá ter avançado 27% para 371 milhões, com destaque para o crescimento em Portugal (64%) e América do Norte (37%).

O CaixaBI sublinha agora que a "atenção dos investidores deverá estar concentrada na actualização do plano estratégico", que vai ser divulgado na quinta-feira, 5 de Maio.

E destaca o que podem os investidores esperar do Capital Markets Day que vai ter lugar em Londres. A agenda nos próximos anos deverá ter como base três pilares: desenvolvimento de activos de qualidade, crescimento lucrativo e selectivo e um modelo de negócio auto-financiado.

Na quinta-feira, deverão ser anunciadas novas metas de crescimento para os próximos quatro anos, assim como os mercados que vão ser desenvolvidos.

João Manso Neto deverá anunciar também um novo programa de rotação de activos, incluindo o valor-alvo e os potenciais activos e quais as principais tendências da indústria de vento.

Ao mesmo tempo, a companhia deverá destacar quais as questões regulatórias nos principais mercados e começar a dar mais visibilidade ao desenvolvimento de activos eólicos offshore.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.
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