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CaixaBI estima queda de 12% nos lucros da Sonae

As receitas da Sonae terão crescido 6,8% e o EBITDA aumentado 7%, com a empresa a beneficiar da evolução da unidade de retalho não-alimentar.

A Sonae indicou que a guerra das promoções no retalho alimentar tem-se intensificado nos últimos meses mas, ainda assim, continua a prever uma subida das vendas. Já no retalho não alimentar, a recuperação da economia deverá dar um impulso às receitas. No caso do segmento de electrónica, por exemplo, as vendas já atingiram 1.000 milhões de euros este ano. Apesar da pressão concorrencial, os analistas do CaixaBank BPI antecipam que esse impacto seja limitado. E mantiveram a Sonae na lista das suas acções preferidas na Península Ibérica, que foi actualizada esta semana. É a única portuguesa nessa lista. Consideram que a acção está barata.
Negócios 13 de Novembro de 2017 às 07:45
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Os ganhos não recorrentes obtidos em 2016 penalizam a comparação dos resultados líquidos da Sonae SGPS, que deverão ter recuado 12% nos primeiros nove meses deste ano, de acordo com as previsões do CaixaBI.

 

A empresa co-liderada por Paulo Azevedo terá obtido lucros de 121 milhões de euros entre Janeiro e Setembro deste ano, o que compara com 137 milhões de euros no mesmo período do ano passado.

 

Esta queda deve-se sobretudo ao facto de no ano passado a Sonae ter obtido um EBITDA não recorrente de 56 milhões de euros, bem acima dos 10 milhões de euros deste ano.

 

Quanto aos restantes indicadores operacionais, as estimativas reveladas na nota de research publicada após o fecho da sessão de sexta-feira apontam para uma variação positiva. As receitas terão crescido 6,8% para 4,11 mil milhões de euros, com uma evolução mais acentuada (10,9%) na Sonae SR (retalho especializado) do que na Sonae MC (retalho alimentar), que aumentou as vendas em 4,7%.

 

Ao nível do EBITDA, a Sonae terá crescido 7% para 216 milhões de euros, também impulsionada pelo retalho especializado, onde esta rubrica terá aumentado de 8 para 23 milhões de euros. Na Sonae MC o EBITDA terá estabilizado em 146 milhões de euros.

 

"Os números da Sonae MC deverão continuar a reflectir o ambiente concorrencial no retalho alimentar em Portugal, com promoções e investimento mais elevado devido à abertura de novas lojas Bom Dia", refere o analista André Rodrigues.

 

Em resultado destes factos, a margem EBITDA da Sonae MC terá descido 40 pontos base para 6,3%, no terceiro trimestre. Para o analista do CaixaBI, esta tendência de descida da margem da unidade que detém os hipermercados Continente "deverá ser o factor-chave nos resultados da Sonae SGPS", embora pela positiva a empresa tenha a seu favor "as dinâmicas favoráveis da economia portuguesa, que deverão continuar a suportar a evolução dos segmentos não-alimentares".

 

Tendo em conta esta perspectiva favorável para a economia portuguesa e os vários múltiplos a que negoceia em bolsa, o CaixaBI considera que a acção da Sonae "ainda permanece atractiva".

 

O banco de investimento tem uma recomendação de "comprar" para a Sonae, com um preço-alvo de 1,25 euros que implica um potencial de valorização de 23,6%.  

 

A Sonae vai divulgar as contas dos primeiros nove meses do ano na quarta-feira, 15 de Novembro, após o fecho da sessão.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

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