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CaixaBank BPI recomenda "comprar" ações da REN e vê oportunidade nas "utilities" ibéricas

Os analistas do banco de investimento recomendam um investimento no setor de "utilities" de Portugal e Espanha e olham para a REN como uma boa opção.

A REN, liderada por Rodrigo Costa, registou um aumento do lucro de 2,8% para 118 milhões de euros.
Miguel Baltazar
07 de Abril de 2020 às 11:38
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O CaixaBank/BPI recomenda comprar ações das cotadas de "utilities" na Península Ibérica, por considerar um setor mais estável, com um "cash flow" mais sólido e dividendos mais generosos e sustentáveis. A portuguesa REN surge no topo da lista dos analistas, de acordo com uma nota divulgada nesta terça-feira, dia 7 de abril. 

"Acreditamos que estamos a enfrentar um período incomum de altas receitas nas redes ibéricas pelo menos nos próximo 3-4 anos", pode ler-se na nota de research emitida pelo banco, que consideram que a recente correção dos mercados abriu uma oportunidade para as cotadas reguladas.

Adiantaram que "no advento da situação atual de covid-19 na Europa, a nossa preferência vai para empresas mais expostas ao crescimento das energias renováveis, apoiadas pelo transição energética e tendências ESG (fatores ambientais, sociais e de governança)".

Para a empresa liderada por Rodrigo Costa, os analistas do banco de investimento mantiveram a recomendação em "Buy", mas cortaram o preço-alvo de 3,40 euros para 3 euros por ação, o que confere à cotada portuguesa um retorno potencial de 23,71% face ao valor de fecho da sessão de ontem.

O CaixaBank/BPI diz que a REN pode beneficiar do plano de transição energética desenhado pelo governo português que aponta para uma capacidade de energia renováveis de 17 GW (gigawatts), algo que "pode ter um efeito de 'knock-on' no investimento na REN". 

Apesar de darem preferência à espanhola Enagás, os analistas mantêm-se muito positivos em relação à REN, devido à sua "visibilidade regulatória e eficiência operacional contínua". 

Hoje, as ações da REN já subiram um máximo de 3,35% para os 2,47, o que representa um máximo desde o início do mês passado. A cotada portuguesa está subir mais do que o setor de "utilities" na Europa, que avança 1,44% e do que as rivais espanholas Enagas (+2,98) e Red Eletrica (-0,03%), também mencionadas na nota do CaixaBank/BPI. 

Foram negociadas até ao momento 656.989 ações da empresa portuguesa, um valor perto da liquidez média diária dos últimos seis meses fixada nas 920.008 ações. 

Para além da atualização feita pelo CaixaBank/BPI à perspetiva para a REN, também o RBC Capital Markets se pronunciou e reduziu o preço-alvo de 2,60 euros para 2,50 euros por ação, o que lhe confere um potencial de subida de 2,88% face ao valor de fecho da sessão de ontem. 

No total, a REN acumula oito notas de "research" que aconselham "comprar", três que dizem que o melhor é "manter" e nenhuma que recomende "vender". O preço-alvo médio de todas as avaliações é de 2,76 euros. 

No final de março, a empresa liderada por Rodrigo Costa divulgou os resultados referentes a 2019 e mostrou uma subida homóloga de 2,8% no resultado líquido para os 118,9 milhões. Já o resultado líquido recorrente atingiu os 144,8 milhões de euros, um crescimento de 5,5%.
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