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Lucro da REN sobe 2,8% para 119 milhões de euros em 2019
As contas foram impulsionadas pela melhoria nos resultados financeiros e uma contribuição positiva da operação no Chile. Já a taxa de energia (CESE) fez subir a carga fiscal da empresa para 40%.
A REN - Redes Energéticas Nacionais registou um resultado líquido de 118,9 milhões em 2019, o que representa um aumento de 2,8% em comparação com o ano anterior. Já o resultado líquido recorrente atingiu os 144,8 milhões de euros, um crescimento de 5,5%.
Para estes resultados contribuíram a melhoria em 9% dos resultados financeiros e "uma contribuição positiva" da operação das empresas de transporte de electricidade e gás no Chile, explica a empresa liderada por Rodrigo Costa em comunicado emitido à CMVM esta quarta-feira, 25 de março.
Pelo contrário, o EBITDA recuou 1,2% para 486,2 milhões de euros resultante de uma mais baixa remuneração da base regulada de ativos (RAB) - no valor de 11,4 milhões de euros - decorrente da diminuição da remuneração obtida através das tarifas de energia, em parte derivada da redução das taxas de juro das Obrigações de Tesouro - a que esta remuneração está indexada. "Estes valores foram parcialmente compensados pela melhoria dos resultados da Electrogas] e pela consolidação da Transemel", ambas empresas com operações no Chile.
A cotada liderada por Rodrigo Costa relembra ainda que o EBITDA de 2018 incluiu a venda extraordinária do negócio de gás natural, no valor de 4 milhões de euros, também com impacto na comparação com 2019.
Já o custo médio da dívida manteve a redução iniciada em 2013: em 2019 ficou nos 2,1%, em comparação com os 2,2% de 2018. "Apesar deste cenário favorável, o pagamento da CESE [contribuição extraordinário sobre o setor energético] continua a ter um importante impacto nos resultados da REN, tendo a taxa efetiva de imposto subido para 40%", sublinha a empresa que apesar de pagar esta taxa desde a sua criação tem vários processos em tribunal a contra a medida. Desde a introdução da CESE, em 2014, a REN já pagou 152 milhões de euros.
No final de 2019 a dívida líquida da REN aumentou 6,5% para 2,8 mil milhões de "devido à aquisição da Transemel em outubro", sustenta a empresa.
Já o investimento (CAPEX) e as transferências para exploração aumentaram 66,6 milhões e 102,2 milhões para 188,6 milhões e 190,6 milhões respetivamente. O setor da eletricidade representou 74,7% e 79,6% do total, respetivamente, detalha a REN.
No mesmo comunicado a REN sublinha ainda que "em linha com a política de dividendos anunciada, o conselho de administração irá propor à Assembleia Geral de Acionistas, a realizar no dia 7 de Maio, o pagamento de um dividendo de 17,1 cêntimos por ação".
(Notícia atualizada às 17h50)