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BPI reduz estimativas de lucros da JM e volta a cortar preço-alvo

Cinco dias depois de terem revisto a avaliação da Jerónimo Martins, os analistas do BPI voltaram a cortar o target. Ainda assim, o potencial de subida é de 34%.

A melhoria da economia polaca deverá continuar a beneficiar a Jerónimo Martins, nomeadamente na evolução das receitas este ano, embora o aumento da concorrência represente um factor negativo. O CaixaBI tem uma recomendação de 'neutral' para a cotada, que tem na Colômbia o seu principal potencial de valorização.
Ricardo Castelo
30 de Julho de 2018 às 09:43
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Os analistas do BPI voltaram a cortar o preço-alvo para as acções da Jerónimo Martins, depois de terem revisto em baixa as estimativas para os lucros, cash-flow e crescimento das vendas comparáveis na Polónia.

O "target" para as acções foi reduzido de 17,30 para 17,10 euros, o que, ainda assim, traduz um potencial de valorização de 34%, tendo em conta a cotação actual (12,76 euros). A recomendação foi mantida em "comprar".

Este foi o segundo ajustamento do BPI ao preço-alvo da Jerónimo Martins em apenas cinco dias. Na passada quarta-feira, o target já havia sido reduzido de 17,70 para 17,30 euros, para reflectir o cenário mais negativo para o euro/zloty e a desaceleração do crescimento das vendas comparáveis na Polónia, onde a retalhista tem a Biedronka. 

Na nota de análise publicada esta segunda-feira, 30 de Julho, os analistas da unidade de investimento do BPI cortam em cerca de 1% as estimativas para os lucros por acção até 2020, fixando-as em 0,66 euros este ano, 0,76 euros em 2019 e 0,83 euros em 2020. "Assumimos um LfL [vendas comparáveis] mais baixo na Polónia, um cash-flow mais baixo (-13%) em 2018, mas também ajustámos (positivamente) as estimativas para o zloty e interesses minoritários", adianta o BPI.

Na passada quarta-feira, a retalhista liderada por Pedro Soares dos Santos anunciou que os seus lucros cresceram 3,9% no primeiro semestre deste ano para 180 milhões de euros, um valor abaixo do esperado pelos analistas do BPI, que antecipavam uma subida de 5% para 182 milhões de euros.

Os números foram mal recebidos pelo mercado, com as acções a desvalorizarem 6,81% no fecho da sessão de quinta-feira, depois de terem chegado a afundar um máximo de 9,78% para 11,99 euros, a maior queda desde o Brexit.

Esta segunda-feira, os títulos estão a recuperar pela segunda sessão consecutiva, com uma subida de 1,51% para 12,76 euros. Até ao momento, trocaram de mãos 142 mil títulos, sendo que a média diária dos últimos seis meses é de cerca de um milhão.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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