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Jerónimo Martins perde mais de 500 milhões num só dia após resultados abaixo do esperado

A dona do Pingo Doce afundou 6,81%, com os investidores decepcionados com o "trimestre difícil" que a retalhista teve na Polónia.

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As acções da Jerónimo Martins registaram uma forte descida na bolsa de Lisboa, depois da retalhista ter apresentado resultados abaixo do esperado pelos analistas, sobretudo no que diz respeito à evolução das vendas comparáveis na Polónia.

Os títulos fecharam a cair 6,81% para 12,385 euros, tendo ao longo da sessão chegado a desvalorizar 9,78% para 11,99 euros. Esta é a cotação mais baixa desde 4 de Julho, enquanto a descida (intradiária) é a mais pronunciada desde 24 de Junho de 2016, dia em que as acções desvalorizaram 10,05% durante a sessão. Essa evolução foi precipitada pelo referendo no Reino Unido que deu vitória ao Brexit, afundando os mercados internacionais. 

A queda de hoje atirou a capitalização bolsista da Jerónimo Martins para 7.793 milhões de euros, o que equivale a uma perda de 569 milhões de euros em valor só na sessão de hoje. Apesar da queda, a retalhista dona do Pindo Doce mantém o estatuto de terceira maior cotada da bolsa portuguesa, sendo que a diferença para a EDP Renováveis foi reduzida para apenas algumas dezenas de milhões de euros.  

 

Ao longo da sessão trocaram de mãos mais de 5 milhões de acções, quando a média diária dos últimos seis meses não vai além de 960.000.

 

A desvalorização dos títulos eleva para 23,9% a desvalorização acumulada pela Jerónimo Martins desde o início do ano.

 

Trimestre difícil na Polónia

 

Após o fecho da sessão de ontem, a retalhista liderada por Pedro Soares dos Santos revelou que os seus lucros cresceram 3,9% no primeiro semestre para 180 milhões de euros, um valor ligeiramente abaixo do esperado pelos analistas do BPI, que antecipavam um crescimento de 5% para 182 milhões de euros.

Numa nota de análise, divulgada esta manhã, o BPI refere que as vendas "ficaram em linha com as nossas expectativas", com as insígnias portuguesas a compensarem o LfL abaixo do esperado na Polónia no segundo trimestre. "Este foi um trimestre difícil na Polónia, e a performance da companhia ficou abaixo das estimativas", sublinham os analistas na nota a que o Negócios teve acesso.

Na quarta-feira, antes da apresentação dos resultados, os analistas do BPI cortaram o preço-alvo para as acções da Jerónimo Martins em 2,3%, de 17,70 para 17,30 euros, para reflectir o cenário mais negativo para o euro/zloty e a desaceleração do crescimento das vendas comparáveis na Polónia, que o banco já antecipava.

 

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