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Jerónimo Martins já afunda quase 10%, a maior queda desde o Brexit

As acções da retalhista estão a reagir em forte queda aos resultados abaixo do esperado pelos analistas.

Bruno Simão
26 de Julho de 2018 às 10:09
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As acções da Jerónimo Martins estão a registar uma forte descida na bolsa de Lisboa, depois de a retalhista ter apresentado resultados abaixo do esperado pelos analistas, sobretudo no que diz respeito à evolução das vendas comparáveis na Polónia.

Os títulos afundam 8,80% para 12,12 euros, depois de já terem desvalorizado um máximo de 9,78% para 11,99 euros. Esta é a cotação mais baixa desde 4 de Julho, enquanto a descida é a mais pronunciada (intradiária) desde o dia 24 de Junho, em que as acções desvalorizaram 10,05% durante a sessão. Essa evolução foi precipitada pelo referendo no Reino Unido que deu vitória ao Brexit, afundando os mercados internacionais. 

Em quatro horas de negociação, já trocaram de mãos 3.175.239 títulos da Jerónimo Martins, quando a média diária dos últimos seis meses não vai além de 960.000.

Após o fecho da sessão de ontem, a retalhista liderada por Pedro Soares dos Santos revelou que os seus lucros cresceram 3,9% no primeiro semestre para 180 milhões de euros, um valor ligeiramente abaixo do esperado pelos analistas do BPI, que antecipavam um crescimento de 5% para 182 milhões de euros.

Numa nota de análise, divulgada esta manhã, o BPI refere que as vendas "ficaram em linha com as nossas expectativas", com as insígnias portuguesas a compensarem o LfL abaixo do esperado na Polónia no segundo trimestre. "Este foi um trimestre difícil na Polónia, e a performance da companhia ficou abaixo das estimativas", sublinham os analistas na nota a que o Negócios teve acesso.

Na quarta-feira, antes da apresentação dos resultados, os analistas do BPI cortaram o preço-alvo para as acções da Jerónimo Martins em 2,3%, de 17,70 para 17,30 euros, para reflectir o cenário mais negativo para o euro/zloty e a desaceleração do crescimento das vendas comparáveis na Polónia, que o banco já antecipava.

A queda das acções eleva para 25,16% a desvalorização acumulada pela Jerónimo Martins desde o início do ano.

(Notícia actualizada às 11:52)

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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