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BPI: Lucros por acção dos CTT podem subir 5% com propostas da Anacom

Os analistas do BPI esperam que os novos critérios avançados pela Anacom tenha um impacto positivo nos CTT. Para além de melhorias no serviço, há indicadores como os lucros por acção que têm tendência a melhorar, relatam.

Pedro Simões/Cofina
Ana Batalha Oliveira anabatalha@negocios.pt 19 de Julho de 2018 às 10:44
O BPI incorporou as recomendações da Anacom na avaliação que faz dos CTT e o resultado foi um "cenário melhorado", lê-se na nota de análise. A aplicação dos novos critérios, segundo o BPI, "deverá forçar os CTT a melhorar a actual qualidade do serviço". 

Entre outros efeitos, o banco espera que os lucros por acção (earnings per share), até 2022, fiquem em média 5% acima do estimado anteriormente. O impacto na avaliação das acções também é positivo, em 4,7%, embora o BPI tenha mantido o preço-alvo das acções em 4,20 euros.

Esta estimativa, contudo, não tem em conta os custos necessários para cumprir com as exigências do regulador, avisam os autores da nota de "research" a que o Negócios teve acesso. Acrescentam, aliás, que o mercado deverá pôr mais peso sobre os factores de incerteza do que nas "melhorias relevantes". Isto, embora a Anacom conte que o impacto seja neutral. 

Os analistas nomeiam duas fontes de despesa que podem ser activadas com o plano da Anacom: os investimentos necessários para melhorar o serviço e, caso não sejam atingidos os objectivos, as penalizações.

As sanções pesaram 0,03% nos preços da empresa em 2017 e 0,085% em 2018, dada a falha em um e dois indicadores, respectivamente. Os onze critérios actualmente requeridos passam na proposta da Anacom a 24. Oito dos antigos transitam para o novo plano, apesar de serem redigidos numa versão mais exigente. Tendo em conta o desempenho de 2017, e à luz das novas condições impostas pelo regulador, os CTT falhariam cinco desses oito critérios, "o que deverá representar mais penalizações", caso a operadora de correios nacional não proceda a alterações.  

O regulador das comunicações apresentou esta quarta-feira os critérios de qualidade que pretende para os CTT, os quais deverão ser respeitados até Janeiro. A empresa liderada por Francisco Lacerda preferiu não se pronunciar, para já, acerca dos mesmos.

Neste momento, os CTT encontram-se a desvalorizar 1,49% para os 2,912 euros. Desde o início do ano, o valor dos títulos da cotada já acumulou uma perda de 17,42%.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.



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