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Bernstein sobe "target" da PT em 33% para 6 euros

O banco de investimento alterou a avaliação dos títulos da Portugal Telecom para seis euros após a notícia que operadora portuguesa e a Oi se vão fundir. "Remoção de obstáculos históricos ao investimento" por alguns accionistas e possibilidades de reforço de quota no Brasil justificam subida.

03 de Outubro de 2013 às 12:58
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O Bernstein Research subiu o preço-alvo da Portugal Telecom de 4,50 para seis euros por acção e manteve a recomendação de “outperform”. Na mesma nota emitida esta manhã, o banco altera o preço-alvo da Telefónica em um euro para 14 euros.

 

O incremento de 33% à avaliação da PT não pode ser visto isoladamente, segundo o Bernstein Research. Os analistas enquadram as revisões como "parte de um processo que suporta a nossa tese [de investimento] de longo prazo em incumbentes das telecomunicações”.

 

O reforço dos capitais próprios da entidade que vai resultar da fusão, a melhoria das condições de “governance” da Oi e a criação de uma companhia maior através da combinação das duas dá liquidez aos títulos, enumeram os analistas. Um conjunto de melhorias que acaba por "remover obstáculos históricos ao investimento" na cotada, dizem.

 

“Com uma estrutura corporativa mais clara e um balanço ligeiramente melhor, a Oi está numa posição muito melhor para beneficiar de quaisquer movimentos de consolidação que ocorram no Brasil”, refere a nota de análise assinada pela equipa de "research" liderada por Robin Bienenstock.

 

Ocorre que o banco de investimento acredita que a consolidação do mercado brasileiro está para breve, em virtude de movimentos de fusões e aquisições (M&A) na Europa. 

 

O banco prevê que a Telefónica e a América Móvil constituirão um consórcio para subscrever um aumento de capital da Telecom Itália. Uma operação que pode envolver três grupos presentes no mercado brasileiro de telecomunicações (Vivo, Claro e Tim Brasil, respectivamente) e que controla 60% do mercado móvel.

 

Desta forma, os analistas acreditam que um eventual movimento de consolidação em Itália poderá levar os reguladores do Brasil a imporem remédios para salvaguardar a concorrência no mercado, criando oportunidades para a Oi reforçar a quota de mercado.

 

As acções a PT estão agora a perder 0,72% para 3,595 euros por acção e o preço-alvo de seis euros por título confere um potencial de 66,9% aos títulos. Algo que justifica a recomendação de "outperform". 

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