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Bernstein inicia cobertura da Oi com recomendação de “outperform”

Os analistas que avaliam a Portugal Telecom em seis euros por acção acreditam que as acções da Oi têm um potencial de valorização de 50% a 60%. Isto, depois da fusão que vai criar a operadora transatlântica que denominam como PT/Oi. Participar no aumento de capital é mais vantajoso do que comprar acções no mercado secundário mas um nível alto de subscrição poderá limitar exposição à empresa, alertam.

Miguel Baltazar/Negócios
27 de Novembro de 2013 às 11:52
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O Bernstein Research iniciou a cobertura da Oi antes da fusão da operadora brasileira com a Portugal Telecom, sendo que os analistas do banco já tinham expressado opinião favorável à fusão anunciada em Outubro. A cotada que vai resultar da fusão terá capacidade de gerar maior cash flow, menor dívida e vai eliminar a “terrível” estrutura societária da Oi, dizem.

 

A equipa de “research” liderada pela analista Robin Bienenstock avalia as acções da Oi de categoria 3 (OiBR3) em oito reais e as acções de categoria 4 (OiBR4) em 7,4 reais. Já os ADR (“American depositary receipt” – títulos de empresas estrangeiras que são negociados nos EUA) da Oi são avaliados em 3,50 dólares norte-americanos. O preço-alvo da PT é de 6,00 euros.

 

A recomendação do Bernstein é de “outperform”, o que corresponde a “comprar” e reflecte a expectativa de que os títulos terão um comportamento superior ao do mercado. Os analistas acreditam que a operação de fusão e aumento de capital vai oferecer ganhos potenciais de 50% a 60%.

 

A nota de análise refere que as acções da Oi constituem um veículo melhor do que as da PT para deter exposição a ganhos potenciais gerados pela fusão. Além disso, entre comprar acções no mercado secundário e no aumento de capital, será mais vantajoso adquirir títulos a serem emitidos pela empresa. Contudo, importa não esquecer que se o desconto for elevado, o nível de subscrição pode reflectir uma procura muito superior à oferta de novas acções, limitando a exposição dos potenciais investidores, alertam os analistas.

 

“O acesso à participação no aumento de capital é preferencial para os accionistas existentes”, refere a nota a que o Negócios teve acesso. “Como tal, quanto mais baixo for o nível das acções antes do reforço de capitais, maior será o risco de que os não-accionistas fiquem aquém da exposição que pretendiam no aumento de capital.” Desta forma, a arriscam “não aproveitar o potencial de subida muito significativo” previsto para a operação.

 

O banco de investimento diz ainda que o valor da entidade que vai resultar da fusão, sem incorporar o efeito do aumento de capital nem da simplificação societária, é de 33 mil milhões de reais (10,6 mil milhões de euros). Um valor que se traduz num preço estimado para a PT de 4,80 euros. Para as acções OiBR3 a estimativa do preço é de 6,40 reais e para os títulos OiBR4 é de 5,90 reais – que ficam abaixo dos preços-alvo citados.

 

As acções da Portugal Telecom estão a progredir 3,12% para 3,301 euros e o preço-alvo do Bernstein confere-lhes um potencial de 82%.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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