A Navigator anunciou esta sexta-feira que vai propor aos accionistas uma remuneração total de 27,894 cêntimos por acção, que se divide num dividendo regular de 23,71 cêntimos, mais 4,184 cêntimos através da distribuição de reservas livres.

O dividendo regular é igual ao pago no ano passado, enquanto a parte das reservas livres é mais reduzida, já que em 2017 a empresa liderada por Diogo da Silveira distribuiu aos accionistas 11,158 cêntimos por acção através desta forma, o que elevou o dividendo total para 34,868 cêntimos.

Em 2016 a Navigator pagou dividendos de 41,84 cêntimos por acção e em 2015 distribuiu 43,3 cêntimos por acção.

A empresa de Pedro Queiroz Pereira optou assim, este ano, por reduzir a remuneração total aos accionistas, apesar de o encaixe de 134,5 milhões de dólares com a venda da unidade de pellets nos Estados Unidos ter levado os analistas a admitir a possibilidade de a Navigator elevar os dividendos.

Accionistas recebem 96% dos lucros

Com o pagamento do dividendo regular de 23,71 cêntimos, a Navigator vai entregar aos accionistas 170 milhões de euros. Juntando a distribuição de 30 milhões de euros em reservas livres, os accionistas das Navigator vão receber um total de 200 milhões de euros.

Este valor corresponde a uma descida de 50 milhões de euros face ao despendido no ano passado. Ainda assim, representa uma elevada parcela dos lucros consolidados obtidos em 2017 (207,8 milhões de euros). O "payout" é assim de 96%.

Quanto à rendibilidade do dividendo, ascende a 5,7%. As acções da Navigator fecharam a subir 1,08% para 4,88 euros e atingiram na sessão de hoje o valor mais elevado de sempre nos 4,93 euros.

No ponto da ordem de trabalhos que diz respeito à distribuição de resultados, a Navigator refere que 7 milhões de euros serão para distribuir pelos trabalhadores.