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EDP volta a pagar dividendo superior aos lucros obtidos
O dividendo da elétrica vai ficar estável pelo quarto ano consecutivo nos 19 cêntimos. A remuneração total excede o valor do resultado líquido e representa 81% do lucro recorrente.
A Energias de Portugal (EDP) confirmou esta quinta-feira que vai propor em assembleia geral o pagamento de um dividendo de 19 cêntimos por ação, igualando a remuneração dos últimos três anos.
Tal como em 2019, a elétrica vai assim remunerar os acionistas com um dividendo que supera os resultados líquidos obtidos no exercício anterior.
No total a EDP vai pagar aos acionistas uma remuneração total de 694,7 milhões de euros, o que se situa acima dos lucros que a elétrica anunciou hoje que registou em 2019 (512 milhões de euros). O payout é assim de 136%, ficando assim acima dos 100% pelo segundo ano consecutivo.
Já no ano passado tal tinha acontecido, pois a remuneração de 694,7 milhões de euros foi superior aos lucros de 2018 (519,2 milhões de euros).
No comunicado com a apresentação de resultados a EDP assinala que ao dividendo corresponde um payout de 81% sobre o resultado líquido recorrente.
Em dezembro, quando alertou o mercado para a queda dos lucros devido ao impacto negativo das centrais a carvão e outros itens extraordinários, a EDP já tinha reiterado o pagamento de um dividendo mínimo de 19 cêntimos por ação.
"Este custo contabilístico extraordinário, sendo neutral ao nível do cash flow e dívida líquida de 2019, não terá qualquer impacto na política de dividendos anunciada em março de 2019, que definiu em 0,19 euros por ação o montante mínimo do dividendo anual durante o período 2019-2022", assumiu a EDP no comunicado emitido em dezembro.
Ao dividendo de 19 cêntimos por ação corresponde uma rentabilidade de 3,9%.