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Lucros da EDP baixam para 512 milhões em ano recorde nas renováveis e no Brasil

A empresa liderada por António Mexia foi penalizada sobretudo pelos custos extraordinários relacionados com as centrais a carvão.

20 de Fevereiro de 2020 às 17:05
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A EDP – Energias de Portugal terminou 2019 com lucros de 519 milhões de euros, o que representa uma quebra ligeira quebra de 1% em relação ao ano anterior, anunciou a empresa em comunicado à CMVM.

Os analistas do CaixaBI estimavam um lucro de 499,1 milhões de euros ao longo de 2019, o que compara com os 519 milhões de euros alcançados em 2018.

Apesar de o resultado líquido ter recuado, o resultado líquido recorrente subiu 7% para os 854 milhões de euros. 

Na conferência de imprensa com os jornalistas, o CEO da empresa, António Mexia, fez um balanço positivo do ano: "2019 foi um ano de boa performance e boa capacidade de entrega dos compromissos que assumimos". Para o gestor, estes resultados "só são possíveis pela aposta feita nas renováveis há mais de uma década e da internacionalização da companhia, que teve passos significativos em 2019".

A sustentar os números estão os resultados recorde na EDP Renováveis, na EDP Brasil e na atividade de comercialização. A EDP Renováveis fechou o ano passado com lucros de 475 milhões de euros, o que traduz um aumento de 52% face ao resultado líquido obtido no ano anterior. 

As operações convencionais em Portugal registaram um prejuízo líquido de 98 milhões de euros em 2019 (face ao prejuízo de 18 milhões de euros em 2018), "penalizadas pela manutenção de um contexto regulatório e fiscal adverso, a que se adicionou em 2019 um volume de produção de energia hídrica
anormalmente baixo". Ainda assim, houve uma recuperação nos níveis hídricos no último trimestre.

Ainda assim, Mexia reforçou que a empresa se encontra comprometida com Portugal, enumerando os vários projetos que estão a ser aplicados e previstos para os próximos anos. 

O EBITDA aumentou 12% para os 3,7 mil milhões de euros, acima da previsão dos analistas do Caixabank BPI, que apontavam para os 3.607 milhões de euros.


A subida do EBITDA beneficiou do "forte crescimento" nos três segmentos de atividade. Nas renováveis, a
capacidade média instalada eólica e solar subiu 1% para 10,9 gigawatts (GW) em 2019 e a estratégia de rotação de ativos, que gerou um ganho de 0,3 mil milhões de euros.

Por outro lado, a produção hídrica na Península Ibérica baixou 25% face a 2018, em resultado de uma hidraulicidade 19% abaixo da média histórica em Portugal durante 2019, o que teve um impacto negativo no EBITDA em cerca de 0,2 mil milhões de euros.

Na atividade de redes, o crescimento proveio sobretudo do Brasil, com impacto positivo das recentes revisões regulatórias na distribuição, e da expansão na transmissão.

(Notícia atualizada às 17:54)

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