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Dividendo flexível da EDPR dá uma nova ação por cada 75 detidas ou 0,265 euros

A energética liderada por Miguel Stilwell d'Andrade anunciou esta terça-feira os termos do dividendo "scrip", uma forma de remuneração acionista flexível que adotou este ano. O pagamento fica marcado para 24 de maio.

Miguel Stilwell d’Andrade, CEO da EDP, vai explicar os resultados esta quinta-feira.
Miguel Baltazar
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A EDP Renováveis (EDPR) vai pagar dividendos aos acionistas a 24 de maio. A elétrica optou este ano por uma forma de remuneração flexível, que permite aos investidores escolherem entre receber um bónus em novas ações - uma por cada 75 títulos detidos -, 0,265 euros por ação ou uma mistura das duas opções. Para executar o programa, vai aumentar o capital em até 67.435.100 euros.

"O CA [conselho de administração] da EDPR deliberou hoje [terça-feira] aprovar uma operação de aumento de capital através da incorporação de reservas no valor de até € 67,435,100.00, para efeitos da execução do Programa de 'scrip dividend'", anunciou a empresa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A EDPR publicou ainda um documento informativo com os termos do dividendo. O pagamento do bónus escolhido fica marcado para 24 de maio, sendo que as ações deixam de negociar com direito ao dividendo (ex-dividendo) a 9 de maio. Cada ação fechou, na sessão desta terça-feira na bolsa de Lisboa, a desvalorizar 1,39% para 19,88 euros por ação.

No final de fevereiro, a empresa anunciou a intenção de trocar o habitual dividendo ordinário relativo aos lucros de 2022 por um novo programa de dividendo "scrip". Vão ser atribuídos aos atuais acionistas direitos de incorporação de novas ações a serem emitidas, com as quais estes podem ficar, que podem vender à própria empresa ou que podem trocar na bolsa de Lisboa.

Serão atribuídos aos acionistas da EDP Renováveis direitos de incorporação de novas ações que serão cotados no mercado regulamentado Euronext Lisbon. Os acionistas poderão depois "livremente escolher" entre três opções.

Podem manter a totalidade ou parte destes direitos de incorporação, recebendo assim o número de novas ações emitidas que lhes sejam correspondentes. Depois é possível vender. Se o fizerem à EDP Renováveis, recebem uma contrapartida em dinheiro a um preço fixo em vez de novas ações.

Já se venderem no mercado terão a possibilidade de monetizar estes títulos. A negociação dos direitos de incorporação vai decorrer entre 11 e 24 de maio de 2023, podendo os acionistas vender os direitos de incorporação à EDPR entre 11 de maio de 2023 e 22 de maio de 2023.

"Prevê-se que a liquidação dos direitos de incorporação vendidos à EDPR ocorra a 26 de maio de 2023 e a emissão de novas ações negociáveis da EDPR e a sua admissão à negociação a 2 de junho de 2023", acrescenta.

O maior acionista da EDP Renováveis, com 75% do capital, é a própria EDP e a casa-mãe já anunciou que pretende ficar com os direitos para ter acesso às novas ações. Considerando o valor máximo de 275 milhões de euros previstos para o "scrip dividend", 
o programa representa cerca de 40% do resultado líquido em 2022. A empresa fechou o ano passado com lucros de 671 milhões de euros, 2% acima de 2021.

(Notícia em atualização)
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