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EDP Renováveis lucra 65 milhões no primeiro trimestre

A EDP Renováveis alcançou nos primeiros três meses do ano um lucro de 65 milhões de euros, um valor semelhante aos 66 milhões que obteve no período homólogo.

A EDP Renováveis deverá ter um crescimento do EBITDA para 1,46 mil milhões de euros, segundo as estimativas do Goldman Sachs.
Susana Vera/Reuters
03 de Maio de 2023 às 07:39
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"O resultado líquido foi de 65 milhões de euros, em linha com o trimestre homólogo, com o forte crescimento do EBITDA a ser neutralizado pelos custos financeiros mais elevados, devido ao aumento do custo médio da dívida para 4,6% e o impacto negativo da avaliação a valor justo de itens financeiros não caixa", explica a empresa no comunicado enviado esta quarta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Assim, a EDP Renováveis produziu e faturou mais no início de 2023, mas os "custos financeiros mais elevados" neutralizaram o "forte crescimento".

No comunicado de resultados, a EDP Renováveis indica ainda que as receitas do primeiro trimestre aumentaram 24% em relação ao mesmo período do ano passado para 706 milhões de euros, "devido ao aumento da energia produzida em resultado do aumento de capacidade nos últimos 12 meses, e pelo aumento do preço médio de venda de energia, impulsionado por novos PPAs a preços mais elevados, pela renovação de contratos financeiros de venda de energia, e pela atualização de preços à inflação".

A nota especifica que houve um crescimento de 11% na produção de eletricidade e de 8% no preço médio de venda de eletricidade.

Os custos operacionais aumentaram 19% em relação ao período homólogo, incluindo impostos clawback na Polónia e Roménia com 25 milhões registados, e também custos de pessoal mais elevados devido ao aumento de 10% do número de colaboradores. 

Por sua vez, o EBITDA subiu 14%, para 448 milhões de euros, impulsionado pelo aumento das receitas mas penalizado pelos "custos com impostos clawback na Polónia e Roménia e por uma redução do resultado líquido da associada para o negócio eólico offshore, Ocean Winds". Ainda assim, a subida foi impulsionada pelo aumento das receitas, "com todas as quatro plataformas regionais a contribuírem para este crescimento (21% na Europa, 14% na América do Norte, 63% na América do Sul e 63% na Ásia Pacífico).

O investimento líquido de expansão da EDP Renováveis no primeiro trimestre caiu 18% para 1.017 milhões de euros, enquanto a dívida líquida da empresa desceu de 4,94 mil milhões de euros no fim de 2022 para 4,8 mil milhões de euros em março.

A nota indica ainda que a Europa e América do Norte representaram mais de 80% do investimento operacional, "fruto do aumento bruto da capacidade instalada em +1,7 GW nos últimos 12 meses e os 5,0 GW de capacidade renovável que se encontravam em construção a março de 2023, diversificados pelas geografias e tecnologias em que a EDPR opera".

Ontem, a EDP Renováveis anunciou que vai pagar dividendos aos acionistas a 24 de maio. A elétrica optou este ano por uma forma de remuneração flexível, que permite aos investidores escolherem entre receber um bónus em novas ações - uma por cada 75 títulos detidos -, 0,265 euros por ação ou uma mistura das duas opções. Para executar o programa, vai aumentar o capital em até 67.435.100 euros.

Depois da EDP Renováveis, a EDP vai apresentar as contas do primeiro trimestre na quinta-feira, após o fecho da bolsa de Lisboa.
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