A EDP Renováveis informou esta quarta-feira que obteve lucros de 80 milhões de euros no primeiro semestre de 2023, um tombo de 70% face a igual período de 2022 (265 milhões de euros), comunicou a empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Os lucros no segundo trimestre foram de apenas 15 milhões de euros, depois de um resultado líquido de 65 milhões de euros nos primeiros três meses do ano.

Segundo o comunicado enviado à CMVM, a receita total da EDP Renováveis no primeiro semestre foi de 1.225 milhões de euros, menos 1% do que em 2022, e o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) caiu 23%, para 754 milhões de euros.

O braço verde da EDP justifica os números com a fraca produção registada entre janeiro e junho, "juntamente com um menor preço médio de venda [que baixou 8%, para 59,7 euros por megawatt hora (MWh)], parcialmente compensado pela capacidade adicional instalada durante os últimos doze meses (+1,4 GWde crescimento líquido)", de 13,8 para 15,1 gigawatts (GW).

Relativamente aos custos operacionais, a EDP Renováveis apresenta uma subida de 10% face ao valor homólogo, incluindo impostos de "clawback" na Europa, relacionados com a atividade na Roménia e Polónia, mas também custos de pessoal mais elevados devido ao aumento de 11% no número de colaboradores e à inflação.

A empresa registou ainda 41 milhões de euros de outros custos relacionados com atrasos de projetos nos Estados Unidos e na Colômbia, que também ajudam a explicar as contas dos primeiros seis meses do ano.

No final de junho, a dívida líquida da EDP Renováveis ascendia a 5,68 mil milhões de euros, mais 748 milhões do que no final de 2022. O rácio dívida líquida/EBITDA agravou-se de 2,3 para 2,9.

(Notícia atualizada às 07:55)