Notícia
EDP aumenta lucros em 83% até setembro para 946 milhões de euros
A elétrica justifica a melhoria dos resultados face ao ano passado com o aumento da produção hídrica em Portugal e o "sucesso da OPA sobre a EDP Brasil". Somam-se ainda as duas rotação de ativos em Espanha e na Polónia.
Nos primeiros nove meses do ano, a EDP alcançou um lucro de 946 milhões de euros, o que representa uma subida de 83% face ao mesmo período do ano passado, quando a elétrica reportou lucros de apenas 518 milhões, anunciou a empresa esta quinta-feira num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
De acordo com a EDP, os resultados entre janeiro e setembro foram suportados "pela recuperação da produção hídrica em Portugal (+61%) face à seca extrema em 2022" e também "pelo aumento de resultado líquido recorrente do Brasil no seguimento do sucesso da OPA sobre a EDP Brasil".
Em termos de rotação de ativos, a empresa destaca um crescimento de 38% nos ganhos, que totalizaram 393 milhões de euros com a conclusão de duas transações em Espanha e na Polónia.
Excluindo a imparidade registada pela empresa no primeiro semestre do ano, relativa à central a carvão de Pecém, no Brasil, o resultado líquido recorrente da EDP nos primeiros nove meses do ano chegou mesmo aos 1.026 milhões de euros, o dobro face aos 512 milhões registados no período homólogo.
O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) também aumentou (+25%) para os 3,8 mil milhões de euros, impulsionado da mesma forma pela subida da produção hídrica em Portugal e Espanha (EBITDA de 1.03 milhões, mais 424% do que em 2022) e pela "normalização dos custos de abastecimento de eletricidade e gás face os primeiros nove meses de 2022", refere o mesmo comunicado.
O investimento chegou aos 4,1 mil milhões de euros, na esmagadora maioria (3,6 mil milhões) em projetos de energias renováveis. Até setembro, a empresa registou 5,2 GW de capacidade renovável em construção em 19 mercados, bem como em redes de eletricidade em Portugal, Espanha e Brasil. Com impostos a EDP gastou nos primeiros nove meses de 2023 472 milhões (+69% face ao período homólogo), dos quais 49 milhões com a Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético (CESE).
Nas renováveis, o facto de os recursos eólicos terem ficado abaixo da média até setembro e a redução dos preços da eletricidade nos mercados grossistas europeus, face aos valores registados em 2022, resultaram numa queda de 4% do EBITDA do segmento eólico e solar. Da mesma forma, impacto da inflação nos custos operacionais da empresa resultou numa redução de 3% no EBITDA na Península Ibérica.
Na atividade de redes de eletricidade em Portugal, Espanha e Brasil, o EBITDA da EDP diminuiu 2% face ao período homólogo para 1.115 milhões de euros.
Já os custos financeiros líquidos aumentaram 9% para os 635 milhões, "em resultado do aumento do custo médio da dívida em 60 pontos-base para os 4,9%".
Em setembro de 2023 a dívida líquida da EDP chegava aos 16,9 mil milhões de euros, devido: ao financiamento do défice tarifário de 2,3 mil milhões gerado em Portugal no primeiro semestre de 2023, antes de a ERSE ter decidido aumentar as tarifas de acesso as redes a 1 de julho; ao investimento de 1,1 mil milhões na aquisição das posições minoritárias da EDP Brasil; e à aceleração do investimento em redes de eletricidade e renováveis.
"Até ao final do ano a EDP conta securitizar a maior parte do défice tarifário acumulado durante o ano, assim como realizar o encaixe de uma parte significativa das transações de venda entretanto anunciadas", refere a empresa no mesmo comunicado.
De acordo com a EDP, os resultados entre janeiro e setembro foram suportados "pela recuperação da produção hídrica em Portugal (+61%) face à seca extrema em 2022" e também "pelo aumento de resultado líquido recorrente do Brasil no seguimento do sucesso da OPA sobre a EDP Brasil".
Excluindo a imparidade registada pela empresa no primeiro semestre do ano, relativa à central a carvão de Pecém, no Brasil, o resultado líquido recorrente da EDP nos primeiros nove meses do ano chegou mesmo aos 1.026 milhões de euros, o dobro face aos 512 milhões registados no período homólogo.
O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) também aumentou (+25%) para os 3,8 mil milhões de euros, impulsionado da mesma forma pela subida da produção hídrica em Portugal e Espanha (EBITDA de 1.03 milhões, mais 424% do que em 2022) e pela "normalização dos custos de abastecimento de eletricidade e gás face os primeiros nove meses de 2022", refere o mesmo comunicado.
O investimento chegou aos 4,1 mil milhões de euros, na esmagadora maioria (3,6 mil milhões) em projetos de energias renováveis. Até setembro, a empresa registou 5,2 GW de capacidade renovável em construção em 19 mercados, bem como em redes de eletricidade em Portugal, Espanha e Brasil. Com impostos a EDP gastou nos primeiros nove meses de 2023 472 milhões (+69% face ao período homólogo), dos quais 49 milhões com a Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético (CESE).
Nas renováveis, o facto de os recursos eólicos terem ficado abaixo da média até setembro e a redução dos preços da eletricidade nos mercados grossistas europeus, face aos valores registados em 2022, resultaram numa queda de 4% do EBITDA do segmento eólico e solar. Da mesma forma, impacto da inflação nos custos operacionais da empresa resultou numa redução de 3% no EBITDA na Península Ibérica.
Na atividade de redes de eletricidade em Portugal, Espanha e Brasil, o EBITDA da EDP diminuiu 2% face ao período homólogo para 1.115 milhões de euros.
Já os custos financeiros líquidos aumentaram 9% para os 635 milhões, "em resultado do aumento do custo médio da dívida em 60 pontos-base para os 4,9%".
Em setembro de 2023 a dívida líquida da EDP chegava aos 16,9 mil milhões de euros, devido: ao financiamento do défice tarifário de 2,3 mil milhões gerado em Portugal no primeiro semestre de 2023, antes de a ERSE ter decidido aumentar as tarifas de acesso as redes a 1 de julho; ao investimento de 1,1 mil milhões na aquisição das posições minoritárias da EDP Brasil; e à aceleração do investimento em redes de eletricidade e renováveis.
"Até ao final do ano a EDP conta securitizar a maior parte do défice tarifário acumulado durante o ano, assim como realizar o encaixe de uma parte significativa das transações de venda entretanto anunciadas", refere a empresa no mesmo comunicado.