O índice industrial Dow Jones iniciou a sessão desta sexta-feira, 9 de Setembro, a perder 0,69% para 18.352,29 pontos, acompanhado pelo tecnológico Nasdaq Composite que abriu o dia a recuar 0,77% para 5.218,922 pontos.

Já o Standard & Poor’s 500 começou a última sessão desta semana a resvalar 0,8% para 2.164,53 pontos. Depois das perdas registadas na última sessão (no caso do Dow Jones é nas últimas duas sessões), os principais índices bolsistas norte-americanos, que abriram hoje a recuar perto de 1%, encaminham-se para a maior queda em dois meses.

A penalizar o sentimento dos investidores em Wall Street está a demonstração de maior disponibilidade, por parte de um responsável da Fed, para subir os juros nos Estados Unidos.

Eric Rosengren, da Fed de Boston, disse que esperar demasiado tempo para voltar a subir os juros ameaça "sobreaquecer a economia norte-americana e pode colocar em risco a estabilidade financeira". Depois das declarações de Rosengren, os investidores elevaram para 38% a perspectiva de probabilidade de a Reserva Federal aumentar os juros já na reunião de Setembro, acima da anterior estimativa de 22%. 

Após vários dias em que Wall Street negociou próxima de novos máximos, a decisão ontem anunciada pelo Banco Central Europeu (BCE) acabou por elevar a pressão e pressionar as praças norte-americanas. Esta quinta-feira, Mario Draghi, presidente do BCE, anunciou que as taxas de juro na Zona Euro e o programa de compra de activos do banco central vão permanecer inalterados, isto apesar dos crescentes sinais de arrefecimento económico e da ameaça de deflação no bloco do euro. 

(Notícia actualizada às 14:47)