Notícia
Wall Street sem rumo definido após vitória de Macron e com petróleo em alta
Depois de três semanas consecutivas a valorizar, as principais praças dos Estados Unidos iniciaram esta semana a sem tendência definida, depois da vitória de ontem de Macron e numa altura em que o preço do petróleo permanece próximo de mínimos de seis meses.
O índice Dow Jones abriu a sessão desta segunda-feira, 8 de Maio, a ceder 0,01% para 21.004,77 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite começou a semana a ganhar ténues 0,04% para 6.102,91 pontos e o Standard & Poor’s 500 a crescer os mesmos 0,04% para 2.400,20 pontos.
A reduzida variação registada em Wall Street acontece num momento em que os investidores americanos tentam percepcionar novos dados catalisadores para as bolsas dos Estados Unidos, isto depois de a vitória presidencial conseguida este domingo por Emmanuel Macron ser já o resultado esperado.
Ainda assim os mercados reagiram em alta à vitória do europeísta Macron, com o euro a avançar para máximos de seis meses contra o dólar, negociando no valor mais alto face à divisa americana desde a vitória de Donald Trump nas presidenciais norte-americanas realizadas em 8 de Novembro. Sendo que depois da valorização registada após ter sido confirmada a eleição de Macron, a moeda única inverteu e negoceia em queda desde o início desta manhã. O euro está a cair 0,49% para 1,0944 dólares.
A marcar o sentimento em Wall Street está a negociação do petróleo nos mercados internacionais, com a matéria-prima a negociar perto do mínimo de Novembro registado na passada sexta-feira.
Mas depois de esta segunda-feira já ter estado a cair, o preço do barril de petróleo segue agora em alta. Em Londres, o Brent do Mar do Norte sobe 0,29% para 49,24 dólares por barril e, em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) valoriza 0,45% para 46,43 dólares. A Exxon Mobil segue a somar 0,21% para 82,195 dólares e a Chevron a subir ligeiros 0,05% para 105,84 dólares.
A justifica a recuperação do preço do crude estão os comunicados separados hoje divulgados pelas autoridades da Arábia Saudita e da Rússia. Os dois países admitiram publicamente pela primeira vez estarem disponíveis para prolongar o corte à produção petrolífera em vigor desde o início deste ano e que tinha como prazo definido seis meses.
Esta disponibilidade decorre do facto de o corte promovido pela OPEP não estar a produzir os resultados pretendidos, porque apesar de um primeiro movimento de valorização verificado no início deste ano, o contínuo crescimento da produção petrolífera americana e consequente aumento das reservas tem impedido a revalorização do petróleo.
(Notícia actualizada às 14:49)