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Wall Street regista a maior queda do ano
A guerra comercial subiu de tom e está a arrastar as bolsas mundiais para quedas avultadas. Os EUA não escapam, tendo as bolsas americanas fechado a sessão com as maiores quedas de 2019.
Os investidores penalizaram as bolsas americanas, à semelhança do que aconteceu nas bolsas do resto do mundo, num dia marcado por um "sell off" generalizado. A guerra comercial é a grande responsável pelo pessimismo que está a assolar os investidores.
O Dow Jones perdeu 2,89% para 25.718,62 pontos, naquela que foi a maior queda desde 24 de dezembro. O Nasdaq deslizou 3,47% para 7.726,04 pontos e o S&P500 perdeu 2,98% para 2.844,75 pontos, naquela que foi a maior descida desde 4 de dezembro. A Bloomberg realça que o dia foi de quedas generalizadas com todas as cotadas, com excepção de nove, a perderem valor.
O anúncio de tarifas impostas pelos EUA sobre a totalidade dos produtos importados da China provocou perdas avultadas na sexta-feira. Mas a resposta de Pequim chegou com estrondo e derrubou as praças mundiais, com os investidores a recearem que o escalar de tensão culmine numa guerra cambial.
O Banco Popular da China fixou, esta segunda-feira, a taxa de câmbio nos 6,9 yuans por dólar, o nível mais baixo desce dezembro de 2008, o que provocou uma queda acentuada da moeda chinesa, que recuou para mínimos de 11 anos.
A medida surge como resposta às novas tarifas anunciadas por Trump, que já hoje acusou a China de uma "grande violação", referindo-se à desvalorização cambial.
"O presidente [dos EUA] está a fazer um jogo muito arriscado", salientou Robert Pavlik, estratega da Slatestone, à Reuters. Com o enfraquecimento do yuan e as taxas de juro como estão "penso que a possibilidade de uma recessão aumentou", acrescentou o responsável.
Este contexto está a ditar quedas avultadas entre as cotadas, com destaque para empresas como a Apple, que afundou mais de 5% para 193,34 dólares, numa altura em que se especula que as novas tarifas deverão afetar a procura do iPhone.
Mas a Apple não é a única a ser afetada por este contexto. O Facebook, a Amazon, e a Alphabet deslizaram mais de 3%.
Do lado oposto esteve a Tyson Foods, ao disparar 5%, depois de ter superado as estimativas de resultados dos analistas.