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Wall Street estreia dezembro em queda
As bolsas do outro lado do Atlântico encerraram em terreno negativo, pressionadas pelo renovado espectro de taxas aduaneiras adicionais dos EUA sobre produtos da China, Brasil e Argentina.
O Dow Jones fechou a perder 0,96% para 27.783,04 pontos e o S&P 500 recuou 0,86%, para 3.113,87 pontos.
O tecnológico Nasdaq Composite seguiu a mesma tendência, encerrando a desvalorizar 1,12% para 8.567,99 pontos.
As decisões dos Estados Unidos na frente comercial continuam a centrar as atenções dos mercados e neste arranque de semana as novidades intensificaram os receios dos investidores um pouco por todo o mundo.
De um lado está a negociação EUA-China com vista a um acordo comercial parcial que impeça a entrada em vigor de uma nova fornada de tarifas aduaneiras a partir de 15 de dezembro. Este acordo, chamado de "fase um", tem tido avanços e recuos, o que tem contribuído para uma maior incerteza nos mercados.
Do outro lado está a nova ameaça de Donald Trump de impor tarifas agravadas sobre o aço importado do Brasil e da Argentina.
Esta disputa em vários planos ditou a evolução negativa das bolsas nesta primeira sessão do mês de dezembro. E não apenas nos EUA: na Europa, os mercados acionistas registaram a maior queda em dois meses.
A penalizar também o sentimento dos investidores estiveram os dados da atividade industrial norte-americana, que revelaram que o setor está a perder dinâmica num contexto de cortes de investimento por parte das empresas, de menor procura mundial e de uma guerra comercial ainda no ativo.
Estes dados da indústria nos Estados Unidos reavivaram os receios em torno da saúde da economia do país e poderão fazer regressar as apostas num novo corte de juros por para da Reserva Federal, sublinhou à Bloomberg um estratega do Macquarie Bank, Eimear Daly.