Notícia
Wall Street em mínimos de três semanas com aumento de tensões comerciais
As bolsas norte-americanas abriram em terreno positivo, mas não se aguentaram no verde. O intensificar de tensões comerciais entre os EUA e a China penalizou a tendência.
O Dow Jones encerrou a ceder 0,26% para 26.820,25 pontos e o Standard & Poor’s 500 recuou 0,53% para 2.961,79 pontos.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite perdeu 1,13% para 7.939,63 pontos.
As bolsas do outro lado do Atlântico caíram para o nível mais baixo desse inícios de setembro, depois de relatos de que a Administração Trump está a ponderar abrir uma nova frente na guerra comercial com a China, o que intensificou os receios de que estas tensões façam descarrilar o crescimento económico mundial, já de si frágil.
As ações mais sensíveis às relações comerciais e os títulos mais ligados à China lideraram o movimento de vendas em Wall Street, com o índice Nasdaq a registar as maiores perdas pelo facto de muitas tecnológicas norte-americanas venderem à China e terem também lá muitos dos fornecedores das suas componentes.
Há informações de que a Administração Trump está a ponderar formas de travar o fluxo de investimento no mercado de capitais chinês – o que poderá fazer recrudescer as fricções entre as duas maiores economias do mundo, levando à imposição de tarifas aduaneiras adicionais de parte a parte.
Por outro lado, há igualmente relatos de que os EUA não deverão prolongar o regime de exceção dado às empresas norte-americanas e que lhes permite fornecerem a chinesa Huawei – o que poderá contribuir para minar a nova ronda de conversações comerciais entre Washington e Pequim, que arrancará em outubro.
Já a prever isso, o presidente da tecnológica chinesa garantiu ontem que a Huawei está já a produzir terminais de 5G sem qualquer componente norte-americana e que pretende mais do que duplicar a produção no próximo ano.
Uma outra frente, a nível político, tem estado também no centro das atenções: o processo de destituição do presidente dos EUA, Donald Trump, pedido pela maioria democrata na Câmara dos Representantes. No entanto, têm sido menores os receios em torno deste processo de impeachment de Trump, e isto porque a destituição é decidida no Senado, que é de maioria republicana.