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Wall Street em mínimos de quatro meses após maior queda desde 2011

As bolsas do outro lado do Atlântico continuam a afundar e estão a caminho da pior semana desde a crise financeira. Tanto o Dow como o S&P 500 caem mais de 10% desde os últimos máximos, o que significa que já entraram em território de correção. O urso espreita, com receio do coronavírus.

Reuters
27 de Fevereiro de 2020 às 21:06
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O Dow Jones fechou a sessão desta quinta-feira a mergulhar 3,89% para 25.907,69 pontos, tendo voltado a perder mais de 1.000 pontos (já o tinha feito na segunda e na terça-feira) e quebrado assim o patamar dos 26.000 pontos.

Por seu lado, o Standard & Poor’s 500 recuou 4,42% para 2.978,76 pontos - naquela que foi a maior descida desde agosto de 2011. O S&P 500 perfurou, assim, a fasquia dos 3.000 pontos.

 

Ambos os índices caem já mais de 10% desde os últimos máximos antes da entrada em trajetória ascendente, o que significa que estão já no chamado "território de correção".

 

Se perderem 20% desde os últimos máximos, entrarão em "mercado urso" (bear market), e esse é um cenário que já esteve mais afastado do que agora.

 

O tecnológico Nasdaq Composite seguiu a mesma tendência que os seus principais congéneres dos EUA, terminando a afundar 4,61% para 8.566,48 pontos.

 

Com estes desempenhos, Wall Street está a caminho da pior semana desde o outono de 2008, em plena crise financeira. É preciso, pois, recuar 11 anos e meio para observar uma série de quedas consecutivas tão pronunciadas.

 

Os receios quanto ao impacto do coronavírus (Covid-19), numa altura em que a epidemia continua a intensificar-se rápida e amplamente fora do seu país de origem, a China, continuam a minar o otimismo dos investidores – que estão a preferir investir nos chamados ativos-refúgio, como o ouro, as obrigações e algumas divisas (caso do iene e do franco suíço), em detrimento das ações.

 

Os juros da dívida norte-americana atingiram hoje mínimos históricos, à conta da maior aposta nas Obrigações do Tesouro dos EUA.

 

Esta tendência acentuou-se ainda mais depois de o o governador da Califórnia, Gavin Newsom, ter dito que o Estado está a monitorizar 8.400 pessoas com sinais de infeção pelo coronavírus após terem viajado para a Ásia.

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