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Wall Street cai mais de 1% com instabilidade em Hong Kong e Argentina a pressionar banca

A instabilidade em vários pontos do globo reforçou o movimento de fuga dos investidores para as obrigações e penalizou o mercado acionista.

Reuters
12 de Agosto de 2019 às 21:22
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As bolsas norte-americanas negociaram em queda na primeira sessão da semana, pressionadas por focos de instabilidade em geografias distintas.

 

O Dow Jones recuou 1,49% para 25.896,44 pontos, o Nasdaq desceu 1,2% para 7.863,41 pontos e o S&P500 desvalorizou 1,23% para 2.882,69 pontos.

 

A turbulência na Argentina, Hong Kong e Itália reforçou o movimento de fuga dos investidores para as obrigações, penalizando o mercado acionista, já fustigado pelas notícias negativas relacionadas com a guerra comercial.

 

Hong Kong suspendeu os voos na região depois de milhares de manifestantes pró-democracia terem invadido o principal terminal do aeroporto do território administrado pela China. A manifestação marcou o quarto dia consecutivo de protestos no centro da ilha de Lantau, após mais um fim de semana de confrontos entre a polícia e manifestantes em vários pontos da cidade, que resultaram em feridos e em pelo menos 16 detenções, que ultrapassam as 600 desde o início de junho.

 

Na Argentina a moeda deslizou mais de 20% depois de as primárias apontarem para uma derrota, por larga margem, do atual presidente, Mauricio Macri, que se encontra a implementar uma política de consolidação orçamental, depois de o país ter estado próximo da bancarrota. À frente ficou Alberto Fernandez, um candidato considerado mais populista, levando os mercados a especular sobre uma nova crise na segunda maior economia da América Latina.

 

No Velho Continente, o principal foco de tensão está em Itália, numa altura em que a coligação que sustentava o Governo se desfez, apontando para eleições antecipadas, que poderão não ser imediatas, caso o presidente da República opte por uma solução temporária, como um governo tecnocrata.

 

Os investidores seguem cautelosos numa altura em que se acumulam "pistas" que indiciam um agravar das tensões comerciais. "Parece-me que os Estados Unidos e a China estão cada vez mais distantes um do outro e portanto da tentativa de chegar a acordo", disse Randy Frederick, presidente de trading da Charles Schwab, em declarações à Reuters.

Os receios avolumam-se depois de, na passada sexta-feira, o líder da Casa Branca ter declarado através do Twitter que não estava pronto para fazer um acordo com a China. Isto, quando se aproxima a data marcada para a aplicação de tarifas sobre os restantes 300 mil milhões de dólares em importações chinesas para os Estados Unidos. É já no próximo dia 1 de setembro.

O setor financeiro tem sido o mais penalizado, o que se volta hoje a repetir já que estes focos de instabilidade reforçam as perspetivas de uma recessão económica global e uma política monetária ainda mais expansionista.

O Goldman Sachs desceu 2,6% para 201,52 dólares, o Citigroup perdeu 2,74% para os 64,24 dólares, o Morgan Stanley deslizou 2,77% para os 40,36 dólares e o Bank of America Merrill Lynch caiu 2,4% para 27,64 dólares.

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