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Wall Street ao rubro, apesar dos protestos e tensões EUA-China

A convulsão social que se vive nos Estados Unidos e o renovar de tensões entre Washington e Pequim não têm sido suficientes para abalar o otimismo dos investidores. Hoje, o principal índice tecnológico superou os seus máximos de fecho.

Reuters
03 de Junho de 2020 às 21:22
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O Dow Jones fechou a somar 2,05% para superar o patamar dos 26.000 pontos, a negociar nos 26.269,89 pontos. Já o Standard & Poor’s 500 avançou 1,36% para 3.122,87 pontos.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite ganhou 0,78% para 9.682,91 pontos.

 

Esta foi a quarta sessão consecutiva de ganhos para o S&P 500 e o Nasdaq, ao passo que para o Dow foi a terceira.

 

Os principais índices norte-americanos continuam a ser impulsionados pela expectativa de que a economia norte-americana poderá estar a encarrilar.

 

Amanhã serão divulgados os números dos pedidos de subsídio de desemprego na semana passada nos EUA. E apesar de ainda se esperar um número notório destas solicitações de ajuda ao Estado, a perspetiva é que tenham diminuído face à semana precedente – tendência que se tem observado ao longo do último mês – e que o pior já tenha passado no mercado laboral.

 

As tecnológicas estiveram entre as cotadas que mais sustentaram hoje o movimento de subida.

 

Mesmo com o aumento das fricções entre Washington e Pequim e com o intensificar dos protestos nos EUA – depois de o afro-americano George Floyd, de 46 anos, ter morrido no passado dia 25 de maio às mãos da polícia –, o sentimento dos investidores foi de otimismo.

 

Há uma enorme desconexão entre as manchetes que lemos diariamente nos EUA e fora do país e a direção que as bolsas estão a tomar, comentou à CNN Business a principal estratega do BNY Mellon, Alicia Levine.

 

Mas é importante para os investidores lembrarem-se que as bolsas olham para a frente e que o futuro parece mais risonho devido à reabertura da atividade económica, que está a correr melhor do que o esperado nos EUA e na Europa, salienta.

 

A mesma responsável diz que se observa também uma enorme desconexão por setores nas próprias bolsas norte-americanas, pelo que é razoável ser-se um pouco cético quanto à duração deste cenário. "Os investidores talvez devam olhar também para os títulos de setores de crescimento e não apenas para as big tech’", considerou.

 

Segundo Levine, o BNY Mellon considera ainda que se deve "investir onde a Fed está a investir, porque este é um mercado alimentado pela liquidez", como é o caso das obrigações.

 

Isto significa que o crédito corporativo se revela atrativo e que o ouro continua a ser um refúgio para os investidores, rematou a mesma responsável.

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