As acções do Twitter estão a deslizar 21,97% para 51,475 dólares, tendo chegado a afundar 24,21%.

Os resultados do Twitter ficaram aquém das expectativas. Além dos prejuízos terem suplantado as expectativas, a rede social deparou-se com um abrandamento do crescimento de utilizadores. Até mesmo o número de visualizações, que no terceiro trimestre havia atingido 159 mil milhões, caiu para 148 mil milhões de visualizações no último trimestre do ano.

A Bloomberg escreve que os prejuízos da rede social foram de 511,5 milhões de dólares, mais do dobro do que aquilo que os analistas haviam previsto e que apontavam para 253,5 milhões de dólares de perdas. Em 2012 as perdas ficaram-se pelos 8,7 milhões de dólares.

Desde a oferta pública de venda, que decorreu em Novembro, as acções do Twitter beneficiaram de grande optimismo, em função da ideia de que as vendas iriam continuar a crescer em paralelo com a criação de novos objectivos de mercado, como a introdução de publicidade em smartphones e tablets. Porém, de acordo com a Bloomberg, os resultados conhecidos mostram que será difícil para o Twitter conseguir justificar a capitalização de 37,4 mil milhões de dólares verificada em mercado bolsista.

O CEO do Twitter, Dick Costolo, anunciou que a companhia pretende fazer face aos resultados menos positivos e ao crescimento mais brando em relação às expectativas com um plano que visa aumentar o número de utilizadores, tornando o sítio da rede social mais fácil de usar. “Será uma combinação de mudanças, que serão introduzidas ao longo do ano e vão começar a inverter o declive da curva de crescimento”, cita a Bloomberg. Sabe-se que a companhia norte-americana também está a trabalhar na possibilidade de alargar a publicidade para fora da sua rede social, como consequência da aquisição da empresa de publicidade móvel MoPub.

As previsões do Twitter para o primeiro trimestre deste ano, apontam para uma receita entre os 230 e os 240 milhões de dólares, ultrapassando a previsão média dos analistas que se fica nos 214,9 milhões de dólares. Em relação a 2014 a rede social liderada por Costolo prevê receitas entre os 1,15 mil milhões e os 2 mil milhões de dólares.