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Ameaças à Europa e polémicas de Trump pressionam Wall Street

O presidente dos Estados Unidos intensificou a guerra comercial com a Europa, pressionando a abertura de Wall Street. Isto numa sessão que será marcada pelo maior "bull market" na história do S&P500.

Reuters
Rita Atalaia ritaatalaia@negocios.pt 22 de Agosto de 2018 às 14:49

As principais bolsas norte-americanas arrancaram a sessão em queda ligeira, deixando-se contagiar pela intensificação da guerra comercial entre os EUA e a Europa. Mas também pela polémica em torno do antigo advogado de Donald Trump. Isto no dia em que o S&P500 vai alcançar o maior "bull market" de sempre.

 

Neste contexto, o índice Dow Jones abriu a sessão em baixa de 0,03% para 25.812,58 pontos. Já o S&P500 recua 0,03% para 2.862,21 pontos, depois de ter atingido um novo máximo de 2.872,87 pontos na terça-feira. O tecnológico Nasdaq é o único índice que escapa a esta tendência negativa, subindo 0,05% para 7.683,11 pontos.

 

As praças norte-americanas estão a deixar-se contagiar pelas ameaças de Donald Trump à União Europeia. Numa acção de campanha no West Virginia, na noite de terça-feira, Trump revelou a conversa que teve com o presidente da Comissão Europeia a 26 de Julho. "Jean-Claude… está tudo relacionado com os carros", terá dito Trump, deixando uma ameaça concreta: "Vamos aplicar uma tarifa de 25% a todos os carros da União Europeia que venham para os Estados Unidos".

Além das ameaças, também as polémicas em torno de Trump estão a pressionar. Michael Cohen, ex-advogado do presidente, declarou-se culpado de vários crimes, admitindo ter realizado pagamentos para influenciar as eleições de 2016, que deram a vitória a Donald Trump na corrida à Casa Branca. Já Paul Manafort, antigo director de campanha, estava acusado de 18 crimes fiscais e bancários, tendo sido condenado por oito crimes.

 

Os investidores aguardam agora pelo fim da sessão para assistirem a um novo recorde: o S&P500 vai alcançar o maior "bull market" na história. Assim que Wall Street fechar, o índice registará 3.453 dias de recuperação desde que atingiu um mínimo de 666 pontos.

"Ninguém esperava uma recuperação desta magnitude", afirmou Jeff Zipper, director de investimentos do U.S. Bank Private Wealth Management, à CNBC. Isto depois de se ter registado "um sentimento tão negativo nos mercados financeiros após a crise", acrescentou.

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