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Wall Street sobe e S&P500 renova máximos históricos

As bolsas americanas fecharam em alta, a beneficiar da especulação em torno do atenuar da tensão da guerra comercial entre os EUA e a China e dos resultados das empresas. O S&P500 atingiu mesmo o valor mais elevado de sempre.

Reuters
21 de Agosto de 2018 às 21:23
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O S&P500, que agrega as 500 maiores cotadas americanas, fechou a subir 0,25% para 2.864,09 pontos, tendo tocado em níveis nunca antes vistos. Já o Dow Jones avança 0,25% para 25.822,29 pontos, atingindo o valor mais elevado desde Fevereiro. O Nasdaq também apreciou 0,49% para 7.859,172 pontos.

 

O presidente dos Estados Unidos baixou as expectativas sobre o resultado das negociações que decorrem entre esta terça e quarta-feira – 21 e 22 de Agosto – com a China sobre a aplicação de tarifas comerciais, mas os investidores continuam convencidos que as notícias sobre a evolução da guerra comercial serão positivas.

 

Esse optimismo reflecte-se na evolução das bolsas norte-americanas, que têm nas últimas sessões beneficiado dos bons resultados das empresas e dos indicadores económicos que mostram que a maior economia do mundo está a crescer de forma sustentada.

 

Ao atingir um novo recorde, ficam assim "apagadas" as perdas registadas ao longo deste ano, quando em Fevereiro Wall Street viveu sessões de fortes quedas devido à subida das "yields" das obrigações soberanas e mais recentemente quando as acções foram penalizadas pela escalada da guerra comercial, sobretudo entre a China e os EUA.

 

Com a subida de hoje o S&P500 já acumula um ganho de 7,25% em 2018, um desempenho que foi atingido na véspera deste índice atingir mais uma marca importante. É que amanhã concluirá um ciclo de 3.453 dias (mais de nove anos) de "bull market" (período em que não existem correcções superiores a 20%), o que representa o período mais longo de sempre.

 

Este desempenho positivo de Wall Street em 2018 deve-se sobretudo à valorização do sector tecnológico (+15%), num ano que fica marcado pelo feito da Apple, que se tornou a primeira cotada norte-americana a superar a  marca do bilião de dólares de capitalização bolsista. Os sectores das fabricantes de bens de consumo e de cuidados de saúde também registam ganhos de dois dígitos. 

Os receios com o impacto da subida de juros por parte da Fed e das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, têm sido compensados pelos bons resultados das empresas norte-americanas e os dados económicos positivos, sendo que ambos foram suportados sobretudo pelo forte corte de impostos introduzido pela administração Trump no final do ano passado.

 

A Reserva Federal deverá anunciar em Setembro o terceiro aumento de juros deste ano e na quinta-feira entram em vigor novas tarifas impostas pelos EUA a exportações de 16 mil milhões de dólares de produtos chineses. Decorrem em Washington esta semana negociações entre as autoridades norte-americanas e chinesas sobre as tarifas, embora o presidente dos EUA já tenha afirmado que antecipa grandes resultados destas conversações que não integram figuras de primeira linha dos dois lados.

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