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Trump critica China e bolsas invertem para o vermelho

As bolsas norte-americanas encerraram em terreno negativo, pressionadas pelas críticas de Donald Trump à China, que ofuscaram assim os comentários positivos que tinham sido feitos por Steven Mnuchin. O pedido de impeachment de Trump também penalizou a negociação.

Reuters
24 de Setembro de 2019 às 21:11
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O Dow Jones encerrou a ceder 0,53% para 26.807,77 pontos e o Standard & Poor’s 500 depreciou-se em 0,84% para 2.966,60 pontos.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite recuou 1,46% para 7.993,63 pontos.

 

As bolsas do outro lado do Atlântico abriram em alta, sustentadas pelas declarações do secretário norte-americano do Tesouro, Steven Mnuchin, que confirmou que as negociações com a China vão retomar dentro de duas semanas. 

 

Por outro lado, o Governo chinês autorizou hoje várias empresas chinesas a voltarem a comprar soja aos EUA, sem estarem sujeitas a tarifas, segundo a Bloomberg. Uma notícia que também animou o sentimento dos investidores.

 

No entanto, a meio da sessão a tendência inverteu para a baixa, na sequência das afirmações do presidente norte-americano sobre a China.

 

Donald Trump apelou – num discurso nas Nações Unidas, em Nova Iorque, onde decorre a Semana do Clima – a relações comerciais justas e recíprocas e reiterou a sua convicção de que a China está a contornar o sistema, dando como exemplos o roubo de propriedade intelectual e a manipulação cambial.

 

Foi o suficiente para os mercados acionistas mergulharem no vermelho, numa altura em que continuam a ser grandes as incertezas relativamente à possibilidade de um entendimento entre as duas maiores economias do mundo na frente comercial.  

 

Os três índices, que andaram recentemente muito perto dos máximos históricos atingidos em julho deste ano, estão agora a mais de 1% desses patamares.  

 

Uma outra frente, a nível político, esteve ao final do dia a colocar pressão adicional em Wall Street. A líder da maioria Democrata na Câmara de Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, disse que vai anunciar o seu apoio formal ao processo de destituição do presidente dos EUA, Donald Trump.

 

O chefe de estado norte-americano está a ser acusado de ter feito um telefonema para o homólogo da Ucrânia, Vladimir Zelenski, em julho passado, pressionando-o a investigar Hunter Biden, filho de Joe Biden, vice-presidente no mandato do presidente Barack Obama e atual candidato à Casa Branca pelo Partido Democrata, por suspeita de irregularidades na sua ligação com uma empresa ucraniana.



Esta terça-feira, Trump revelou que amanhã vai divulgar a transcrição da conversa, mas isso não parece evitar a decisão de Pelosi. Segundo a imprensa norte-americana, a decisão está tomada e será comunicada ao país já durante a madrugada de quarta-feira em Lisboa. Os pedidos para um processo de impeachment de Trump, a que se associou o candidato Joe Biden, começaram assim que a polémica foi divulgada. 

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