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Tensões no Médio Oriente afastam investidores das ações
As bolsas norte-americanas encerraram em baixa, com os ataques a importantes instalações petrolíferas sauditas a intensificarem o clima de tensões no Médio Oriente e a desviarem os investidores para ativos-refúgio. Também o setor automóvel pressionou a tendência.
O Dow Jones encerrou a ceder 0,53% para 27.076,21 pontos e o Standard & Poor’s 500 recuou 0,31% para 2.997,96 pontos.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite depreciou-se em 0,28% para 8.153,54 pontos.
A pressionar a negociação esteve o intensificar de tensões no Médio Oriente, depois de no sábado, 14 de setembro, os ataques com drones contra importantes instalações petrolíferas sauditas ter levado a vários apontar de dedos.
Os rebeldes iemnitas hutis reivindicaram os ataques – responsáveis pelo corte de cinco milhões de barris por dia da produção saudita, ou seja, metade do que o reino produz – mas os drones foram identificados como sendo iranianos (os hutis, recorde-se, são apoiados politicamente pelo Irão, grande rival regional da Arábia Saudita), o que fez recrudescer também as tensões entre Washington e Teerão.
Com tudo isto, os preços do petróleo dispararam nos mercados internacionais, animando as cotadas do setor, mas o risco geopolítico falou mais alto e os investidores fugiram das ações à procura de ativos considerados mais seguros, como o ouro, dólar ou obrigações norte-americanas do Tesouro.
Por outro lado, o setor automóvel também pesou na negociação bolsista em Wall Street. A queda registada nas fabricantes automóveis contribuiu para debilitar sobretudo o S&P 500.