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Arábia Saudita diz ter provas que Irão atacou produção petrolífera

O ataque às instalações da petrolífera estatal saudita, a Saudi Aramco, já tem a recuperação à vista mas ainda se discutem os culpados. O Irão volta a ser acusado, agora, com provas prestes a serem apresentadas.

Reuters
18 de Setembro de 2019 às 12:12
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A Arábia Saudita afirma que vai apresentar provas, já esta quarta-feira, que ligam o Irão ao ataque sobre a produção de petróleo saudita, avança a Reuters. Depois de os Estados Unidos já terem admitido a mesma suspeita, as tensões no Médio Oriente voltam a subir.

O ministro da defesa saudita marcou uma conferência de imprensa para a tarde de quarta-feira para apresentar "provas substanciais e armas iranianas que provam o envolvimento do regime no ataque terrorista", cita a agência de notícias.


Em causa está o ataque infligido sobre infra-estruturas da maior produtora de petróleo saudita, a Saudi Aramco, o qual teve lugar no último dia 14 de Setembro e causou uma disrupção de metade do que o reino produz, o que equivale a 5% da oferta mundial.

O Irão já negou o envolvimento no incidente. "Eles querem impor pressão máxima sobre o Irão através de difamação", respondeu o presidente iraniano, Hassan Rouhani (na foto), de acordo com os media estatais. "Nós não queremos conflitos na região… quem começou os conflitos?", continua o presidente, numa acusação aos Estados Unidos.

O líder da Casa Branca, Donald Trump, já afirmou que o Irão aparentava ser responsável pelo ataque à produção saudita e que ponderava retaliar, embora tivesse também ressalvado que não queria iniciar uma guerra e que "não há pressa" no contra-ataque.

Anteriormente, os rebeldes iemnitas hutis reivindicaram os ataques mas os drones foram identificados como sendo iranianos (os hutis, recorde-se, são apoiados politicamente pelo Irão, grande rival regional da Arábia Saudita), o que fez recrudescer também as tensões entre Washington e Teerão.

Na sequência do ataque, os preços da matéria-prima disparar automaticamente quase 20% - para corrigirem depois de noticiado que no final do mês a produção voltará aos níveis anteriores ao incidente.

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